Publicado por Redação em Vida em Grupo - 05/10/2012
Venda de seguro pela Internet terá 10% do mercado até 2016
Venda de seguro pela Internet terá 10% do mercado até 2016
A venda de apólices de seguros pela Internet poderá alcançar entre 8% e 10% de participação no mercado de seguros de automóveis e residenciais nos próximos 4 anos, até 2016. "Mas isso vai depender das seguradoras desenvolverem produtos mais simples para cativar os clientes que utilizam o comércio eletrônico pela Internet", condicionou o diretor da área de serviços financeiros da consultoria internacional Ernst & Young Terco, Francisco Aranda.
Como base de comparação, o mercado de seguros para automóveis e seguros residenciais para pessoas físicas equivale a cerca de R$ 42 bilhões por ano no Brasil. "A venda de apólices via Internet corresponde atualmente a menos de 1% do total, mas na Inglaterra, onde já se desenvolveu, soma 50% de participação", compara Francisco Aranda, que debaterá o assunto no Congresso de Corretores de Seguros a ser realizado em São Paulo entre os dias 11 e 13 de outubro próximos.
Atento a esse crescimento da demanda dos consumidores por proteção, a corretora de seguros on-lineSegurar.com, que já comercializava o seguro-viagem da Assist-Card, anunciou ontem o lançamento de 5 produtos simplificados disponíveis para compra via Internet - Acidentes Pessoais, Diária Hospitalar, Lar Protegido, Saúde da Mulher e Vida.
"Nos próximos doze meses vamos disponibilizar produtos em 30 modalidades diferentes", anunciou o diretor de Operações (COO) da corretora Segurar.com, Renato Spadafora Ferreira.
Em seu plano de expansão, a corretora, que já possui parcerias com American Life, Met Life, Assist-Card e Bem Remoções Médicas, também está adequando para o canal virtual produtos das seguradoras Liberty, Zurich, HDI e Cardif. "Pode demorar um pouco, mas temos o cuidado de levar à rede produtos simples e com alguma originalidade que as pessoas possam entender e adquirir em três passos de navegação", disse Ferreira.
Com essa proposta de originalidade, a Segurar.com lançou o primeiro seguro que dá cobertura para emergências domésticas destinado a pessoas físicas, chamado Lar Protegido. "Não existe similar no mercado. O plano inclui o atendimento emergencial em casa para familiares, empregados fixos ou temporários e visitantes de qualquer natureza, sejam eles prestadores de serviços, hóspedes, parentes ou amigos", detalhou o diretor.
Outra proposta diferenciada em relação ao mercado eletrônico já existente de seguros para viagens foi acrescentar a possibilidade de adicionais para a cobertura de acidentes em atividades de esporte e aventura, e de assistência para gestantes. "Normalmente as seguradoras não oferecerem essas coberturas adicionais em apólices de viagens", comparou Ferreira.
No mercado de vendas pela Internet, a Segurar.com disputa espaço com outras páginas (sites) na rede como Minuto Seguros, Seguros em Casa, Seguro Auto Fácil, Assegure Sua Viagem, Mondial Travel e Seguros de Viagem, além dos sites das próprias seguradoras e de corretoras independentes afiliadas às principais instituições financeiras.
"Nós somos corretores, e qualquer corretor pode vender apólices pela Internet. Mas não acredito que a figura do corretor tradicional será superada", avalia o diretor da Segurar.com, Oswaldo Romano Júnior.
Na avaliação de Aranda, da Ernst & Young Terco, o consumidor brasileiro já tem utilizado a cotação de preços na Internet para negociar com seu corretor de confiança. "O cliente cota o preço na rede e depois liga para seu corretor, com quem tem relacionamento, para pedir um desconto, resolver um dúvida de cobertura, ou solicitar um produto mais sofisticado, um serviço que não encontrará na Internet", diz. Para muitos corretores independentes, a venda de apólices pela rede ainda não preocupa. "Aqui na Região Nordeste, eu escuto essa conversa há 15 anos, e a venda de apólices pela Internet não passa de 1%", diz, descrente, o sócio de uma corretora sergipana, Pedro Menezes Júnior.
No último sábado (29), em Aracaju-SE, os corretores de seguros se reuniram para debater o avanço da Internet em seus negócios. "Vamos ter que olhar para essa tendência e buscar uma adequação", avaliou o sócio da BRR Corretora, José Rômulo Rocha.
Para Aranda, da Ernst & Young Terco, os profissionais do setor não podem ignorar o fato de que o comércio eletrônico brasileiro cresce ao ritmo de 30% ao ano. "A velocidade da adoção de produtos de seguros pela rede será maior à medida que as pessoas tiverem acesso e conhecimento. O processo para adquirir seguros no Brasil ainda é muito complicado", avalia o diretor, que lembrou que na Inglaterra, as seguradoras não fazem vistoria nos veículos para apólices de automóveis.
O fato constatado é que atualmente já é possível adquirir diversos produtos pela rede, e que com uma simples busca, o consumidor pode comparar preços, coberturas e apólices de diferentes seguradoras e corretores.
Fonte: cqcs