Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 12/04/2012

Uma breve reflexão sobre planos de saúde

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, farei uma breve reflexão sobre o setor dos planos de saúde nos dias de hoje, em que o serviço torna-se cada vez mais essencial à população. Pesquisa recente divulgada pelo Datafolha aponta os planos de saúde privados como segundo bem mais desejado pelos brasileiros, que sonham com o serviço para escapar das filas e mau atendimento do serviço público brasileiro. Atualmente, o serviço atende entre 50 e 60 milhões de pessoas, número considerado baixo em relação ao tamanho da população e assustador, se levarmos em consideração que os planos privados representam mais de 60% do total de recursos aplicados em saúde no país.

Em tempos de crise econômica e enriquecimento brasileiro, milhões de pessoas deixaram a pobreza e passaram para a classe média, passando também a ter acesso aos planos de saúde privados. Pela primeira vez, estas pessoas estão comparando os dois universos e percebendo a vantagem indiscutível para o serviço privado, que também não é perfeito e é bastante criticado. Neste cenário, os planos privados são um prato cheio para discussões de todas as naturezas, que vão desde aqueles que desejam saúde pública de qualidade, terminando com os que acham que os planos são arapucas para tirar dinheiro do povo. No mundo real, em oposição aos ideólogos de plantão, a população quer mais é ter plano de saúde privado, conforto do atendimento com hora marcada, hospitais e consultórios limpos e bem montados, exames feitos em locais apropriados, com máquinas modernas e pessoal atencioso para recebê-la.

Não é por outra razão que, a cada dia que passa, mais empresas vão oferecendo planos de saúde privados em seus pacotes de benefícios; um diferencial de maior importância que justifica até um salário um pouco mais baixo como contrapartida. No mercado de planos e seguro de saúde, costuma-se dizer que este é um benefício que contribui para atrair e manter bons profissionais nas empresas, mas que também apresenta alguns contratempos, gerados pela disputa acirrada entre médicos e convênio pelos recursos oriundos das empresas e seus colaboradores, além das pessoas físicas que ainda conseguem manter os pagamentos em dia. Gerenciar este tipo de serviço para os funcionários também não é tarefa fácil: é preciso equalizar os benefícios para os usuários com as limitações financeiras de cada empresa e a qualidade do serviço prestado pela operadora.

Não há como se enganar; assim como não há almoço grátis, assistência médica custa caro. Cada vez mais caro. É verdade também que o alto preço também não significa qualidade dos serviços prestados; o sistema apresenta distorções sérias e ainda existe muita coisa a ser melhorada. Mas entre melhorar o que pode ser melhorado e ficar na fila do SUS, o brasileiro não tem dúvida; “vamos de plano privado, porque quero que minha família tenha atendimento médico-hospitalar decente”.

Quanto às operadoras de planos de saúde privados, elas precisam ter sempre claro sua importante missão social e vencer os desafios, como, por exemplo, fidelizar os associados ao plano. Dados recente divulgados pelo Instituto de Estudos Suplementares mostram que 16% dos clientes permanecem apenas de um a dois anos em um mesmo plano. As operadoras têm que saber que, se elas precisam ganhar dinheiro para remunerar sua operação, precisam também oferecer atendimento correto, dentro dos padrões éticos necessários, respeitando a lei e seus contratos.

Para crescer no mercado e oferecer um serviço cada vez mais qualitativo é preciso, dentre outras coisas; incentivar os médicos, destacando-os como líderes; adotar novas formas de organização e investir em tecnologia da informação, além de implantação de programas de promoção da saúde e prevenção de doenças. Nada pode ser mais eficiente como marketing do que a certeza do consumidor de que, precisando, terá atendimento qualificado, dentro das regras do jogo, para que na partida da saúde não haja vencedores e todos ganhem.

Fonte: saudeweb


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Pena de suspensão para médicos pode chegar a um ano

Tramita na Câmara proposta que fixa pena disciplinar de suspensão do exercício profissional por um ano ou suspensão da especialidade médica e multa equivalente a dez salários base da categoria. Caberia aos Conselhos Regionais de Medicina aplicar as penas.

Saúde Empresarial, por Redação

Novos estudos apontam para a relação entre enxaqueca e problemas cardíacos em mulheres

Dois novos estudos divulgados nesta terça-feira encontraram uma relação entre enxaqueca, especialmente a que vem acompanhada com aura, que é um conjunto de sintomas como alterações visuais, fraqueza e até alucinações, a uma maior chance de doenças cardiovasculares em mulheres.

Saúde Empresarial, por Redação

Cuba desenvolve nova vacina contra o câncer de pulmão

Uma segunda vacina contra o câncer de pulmão avançado foi aprovada pelas autoridades sanitárias de Cuba depois de ser testada em 86 países durante 2012, informou a imprensa cubana.

Saúde Empresarial, por Redação

Secretaria de Saúde vai destinar verba extra para hospitais do norte do estado

As verbas serão usadas para garantir o atendimento a pacientes nos hospitais das cidades de Aperibé, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Santo Antônio de Pádua e São Fidélis

Saúde Empresarial, por Redação

Brasil ocupa a 72º posição em investimento público em saúde

á faz bom tempo, a saúde é apontada em pesquisas de diversos institutos de opinião como uma das principais preocupações do brasileiro.

Deixe seu Comentário:

=