Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 06/04/2011
Três em cada dez brasileiros sentem falta de ar com frequência, diz médico
Cardiologista e consultor Roberto Kalil explicou os riscos para o coração.
Algumas pessoas perdem o fôlego ao subir escadas, outras ao fazer exercícios e há ainda as que têm o problema só de ficar paradas. Três em cada dez brasileiros sentem falta de ar com frequência e poucos sabem que essa sensação pode indicar uma doença mais grave, capaz de matar.
Quando o sintoma ocorre, o coração – que trabalha junto com o pulmão para que o corpo funcione bem – pode estar em risco. Para falar sobre os sinais de alerta, o Bem Estar desta terça-feira (5) recebeu o cardiologista Roberto Kalil, que também é consultor do programa, e o pneumologista Rafael Stelmach.
Nas ruas de São Paulo, a repórter Marina Araújo foi ver como anda o preparo de quem sobe escadas no dia a dia. Os mais treinados encararam a tarefa de forma tranquila, mas outros ficaram bem ofegantes e acharam que o coração sairia pela boca.
Uma experiência feita no Laboratório de Estereologia da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) trouxe novas evidências de que o exercício físico melhora a respiração. Testes preliminares com ratos revelaram que a atividade moderada, como caminhar em uma esteira ergométrica, melhora a capacidade respiratória em 39%. Cada passo faz crescer os alvéolos pulmonares, responsáveis pelas trocas de oxigênio.
Essa dificuldade ou desconforto para respirar, que também pode ser a sensação de não conseguir inspirar a quantidade de ar suficiente, pode ter origem em um resfriado, alergias (rinite, bronquite e sinusite) ou doenças mais sérias, como a asma. Pode, ainda, estar relacionada a problemas cardiovasculares, quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para o restante do corpo, fica inchado e pressiona os pulmões.
Além disso, a falta de ar pode apresentar causas musculares – como fraqueza provocada por determinadas doenças, que leva à dificuldade respiratória – e psicológicas ou psiquiátricas, já que o estresse e a ansiedade eventualmente desencadeiam uma sensação de perda de fôlego.
Para medir a capacidade respiratória de um indivíduo, é feita a espirometria, um teste de função pulmonar que mede a expiração após uma inspiração profunda. Um homem normal, de 1,70 m de altura, expira cerca de 6 a 7 litros de ar.
Sinais de alerta de falta de ar:
- Dificuldade para falar
- Aumento da frequência respiratória
- Esforço para puxar o ar no pescoço, que fica contraído
- Sono interrompido à noite
- Cansaço para fazer atividades rotineiras
- Lábio roxo
- Chiado, tosse ou dor no peito
- Barriga que afunda muito para puxar o ar
Fonte: g1.globo.com/bemestar | 06.04.11