Publicado por Redação em Notícias Gerais - 26/07/2011

Tesouro Direto deve ter 280 mil investidores até o final do ano, diz especialista

SÃO PAULO - O número de investidores do Tesouro Direto  cresceu 16,29% nos primeiros seis meses do ano, ao passar de 214,67 mil em dezembro de 2010 para 249,63 mil em junho deste ano. E, de acordo com o diretor do Easynvest, Amerson Magalhães, este crescimento deve continuar ao longo deste ano.
 
“Acredito que devamos terminar o ano com 280 mil investidores cadastrados no Tesouro Direto. Isto significa um aumento de 12% em relação ao número atual de investidores”, afirma Magalhães.
 
De acordo com ele, a rentabilidade atrativa que estes títulos tem proporcionado nos últimos meses é um dos principais motivos para o aumento da procura. “O aumento dos juros torna estes títulos uma opção mais rentável”, afirma Magalhães. Desde o início do ano, a Selic (taxa básica de juro) avançou 1,75 ponto percentual, de 10,75% para 12,5% ao ano.
 
Além disso, ele ressalta que as pessoas estão buscado mais informações sobre os tipos de investimentos existentes. “Elas estão procurando alternativas aos investimentos disponíveis nos bancos”, afirma. “À medida que as pessoas vão conhecendo, elas vão recomendando para amigos e conhecidos”, continua.
 
Alternativa à bolsa e aos fundos de investimentos
O especilaista da MoneyFit, André Massaro, ressalta que o investimento em títulos do Tesouro Direto tem se mostrado um alternativa interessante à bolsa de valores, por conta da boa rentabilidade e da segurança.
 
“Os títulos do Governo são o que temos de mais seguro no mercado”, afirma Massaro. “Com a bolsa passando por um momento difícil, uma boa opção para o pequeno investidor é partir para o Tesouro. Com os juros neste patamar, está difícil bater a rentabilidade dos títulos publicos”, completa o profissional.
 
Além disso, investir em títulos do Tesouro Direto pode sair mais barato do que aplicar por meio de fundos de investimento de renda fixa. “A maior vantagem é o custo para o investidor, que se transforma em rentabilidade. Nos fundos de renda fixa, a taxa de administração raramente é inferior a 2% e, quanto menor o capital investido, maior a taxa”, afirma Amerson Magalhães.
 
Já no Tesouro Direto, as taxas são menores e não chegam a 1%. “Quando você coloca isso no longo prazo, fazendo o cálculo de juros sobre juros, a diferença acaba sendo muito grande”, diz Magalhães.
 
Conhecimento
Entretanto, apesar de ser interessante do ponto de rentabilidade, este tipo de investimento demanda um pouco mais de conhecimento por parte do investidor do que uma aplicação em fundos ou na caderneta de poupança, por exemplo.
 
“O Tesouro Direto é um pouco mais complicado. É preciso estudar um pouco para entender os tipos de títulos e qual vale mais a pena. Mas é um sacrifício que vale a pena”, aponta André Massaro.
 
Pré ou pós-fixado
Amerson Magalhães, do Easynvest, lembra que, no caso dos títulos prefixados, o investidor conhece a rentabilidade no momento da compra. “A desvantagem é que, se no meio do caminho houver um aumento do índice de inflação ou dos juros, você pode deixar de ganhar uma taxa maior”, ressalta.
 
No caso dos pós-fixados, vale o contrário. Se você apostar em uma alta das taxas e elas recuarem, o rendimento pode ser menor do que o dos títulos prefixados.
 
No momento atual, de juros altos, ele indica a compra de títulos atrelados à Selic. “Entretanto, quando o Banco Central sinalizar que acabou o movimento de alta e que deve reduzir os juros, é melhor partir para o prefixado”, complementa.
 
Fonte: web.infomoney.com.br | 26.07.11

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