Publicado por Redação em Dental - 18/11/2015
Técnicas diminuem ansiedade de crianças no dentista
Desenhos e música fazem os pequenos ficarem mais tranquilos e sentirem menos dor e desconforto nas consultas
Hoje, vamos ao dentista, mas pode ficar tranquilo que não vai doer”. Você já percebeu que com essa frase a criança já cria uma ansiedade desnecessária para a ida ao dentista? Tenha em mente que ela nunca foi, então nem espera que precisa ter medo. É preciso ter cuidado, para não passar os próprios medos, traumas e desconfortos para seu filho. “Com isso a criança cresce tendo essa imagem ruim dos profissionais e dos serviços odontológicos”, diz Simone Matos, especialista em Ortodontia na Well Clinic.
Para contornar essas situações, pesquisadores da University of Southern California estudaram as respostas das crianças a procedimentos em um consultório odontológico modificado. A cadeira era coberta com o desenho de uma borboleta em que a as asas abraçavam o pequeno paciente. Os pesquisadores também projetaram nas paredes imagens e colocaram uma música suave no ambiente.
Os resultados demonstraram que, no ambiente controlado, houve uma diminuição nos níveis de ansiedade nas crianças, sendo inclusive reportado por elas menor sensação de dor e desconforto. Participaram do estudo 44 crianças, metade delas portadores de autismo. “Um dos objetivos do estudo a longo prazo é ajudar os dentistas a desenvolver protocolos para suas próprias clínicas para usar componentes sensoriais para controlar a ansiedade de seus jovens pacientes”, disse Sharon Cermak, Ed.D, autor principal do estudo.
Na opinião de Simone, o profissional precisa ser muito preparado, pois a abordagem de um atendimento para crianças deve ser diferenciada. “Hoje em dia temos muitos recursos tecnológicos na odontologia que ajudam nesses casos, como o óxido nitroso, conhecido como gás do sorriso, que traz ao paciente um estado de relaxamento, criando uma atmosfera mais tranquila para que o atendimento ocorra sem traumas ou medos”, diz.
Papel dos pais
Para evitar traumas, a primeira consulta deve ser um momento de conhecimento. “A criança precisa conhecer o ambiente e o profissional que vai atendê-la, criando assim uma imagem de cuidado e confiança e até mesmo diversão, instruindo sempre a importância de se ter uma boa saúde bucal”, afirma a especialista.
Os pais também têm um grande papel neste momento, pois a motivação diária da criança precisa partir de dentro de casa. “Os pais podem ajudar muito fazendo a higienização diária junto com seus filhos e acompanhando desde cedo a ida ao consultório”, diz Simone.
Fonte: Terra Saúde Bucal