Publicado por Redação em Notícias Gerais - 14/05/2012
Taxa básica de juros deve cair a 8%, diz pesquisa do BC
As instituições financeiras reduziram ainda mais a expectativa de juros básicos da economia para este ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo boletim Focus, do Banco Central (BC). De acordo com a publicação, os bancos reduziram pela segunda vez a previsão para a Selic, que era de 8,5% para 8% em 2012. As instituições financeiras passaram a reduzir a previsão para os juros após alterações no rendimento da poupança.
As mudanças foram anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e começaram a valer em 4 de maio. Com a queda na expectativa, o mercado deseja passar um recado aos investidores para que mantenham seu dinheiro em fundos de renda fixa, já que quanto menor a Selic, menor o rendimento da caderneta de poupanças - e mais atraentes ficam as demais modalidades de investimento. Para o ano que vem, o mercado reduziu, pela primeira vez, a previsão para a Selic, de 10% para 9,75% anuais.
A previsão de praticamente todos os indicadores analisados pelas instituições financeiras sofreu alterações. Em destaque está o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo País. Após uma leve alta de 0,3 ponto percentual, a estimativa para este ano voltou a ser de 3,2%. Para 2013, a previsão permanece em alta de 4,3%.
Contas externas
Em relação ao balanço de pagamentos - que leva em consideração todas as trocas financeiras e comerciais entre o Brasil e os demais países -, o mercado reduziu, pela segunda vez seguida, a previsão de déficit em conta corrente, que passou de US$68,54 bilhões para US$ 68,2 bilhões.
Apesar do otimismo em relação à conta externa, as instituições financeiras reduziram a previsão de entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no País, dinheiro que é aplicado diretamente em obras e projetos em território nacional. A estimativa é que o IED fique em US$ 55,74 bilhões, conta previsão anterior de US$ 56,7. O IED é o principal responsável por compensar as perdas que o País tem nas contas externas.
Fonte: Terra