Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 26/07/2012
SUS fornecerá 2 novos remédios contra hepatite C a partir de 2013
As drogas deverão ser usadas por pacientes portadores de cirrose e fibrose avançadas
Dois novos remédios serão fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com hepatite tipo C a partir do próximo ano. As drogas - telaprevir e boceprevir - são de uma nova geração de medicamentos, os inibidores de proteases, e deverão ser usadas por pacientes portadores de cirrose e fibrose avançadas.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em torno de 5,5 mil pessoas estão nesse grupo de maior risco de progressão da doença e poderão ser tratadas pelo novo coquetel de remédios.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a adoção das novas drogas no tratamento de casos graves permitirá dobrar as chances de um paciente se curar. O telaprevir e o boceprevir têm uma taxa de eficácia de 80% ante os 40% de sucesso do tratamento utilizado atualmente com a associação de dois medicamentos, o interferon peguilato e a ribavirina. Os remédios, segundo o ministro, são indicados para o combate ao vírus classificado como "genótipo 1". Durante cerimônia nesta quarta-feira (25) do Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, o ministro afirmou:
— Estamos possibilitando para os brasileiros atendidos pelo SUS a oportunidade de passar a receber o de melhor para o tratamento de doenças virais.
Dados apresentados pelo Ministério da Saúde apontam a existência em torno de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C no Brasil. Esse tipo de hepatite, ainda segundo informações do Ministério, é responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado.
O Ministério está desenvolvendo uma campanha com ênfase na necessidade de se ter o diagnóstico precoce da doença em conjunto com a prevenção.
— É uma doença silenciosa e, muitas vezes, o diagnóstico é tardio. A grande prioridade é rompermos o silêncio.
O período entre a infecção pelo vírus até a fase da cirrose hepática pode levar de 20 a 30 anos, sem que a pessoa apresente sintomas da doença. Como forma de mobilização em torno do tema, o Ministério lançou um concurso voltado aos tatuadores e às manicures para incentivar práticas de prevenção contra a doença em salões de beleza e estúdios de tatuagem.
Fonte: R7