Publicado por Redação em Previdência Corporate - 26/04/2012
Superávit primário aumenta 40,7%
Graças a um forte aumento na arrecadação, o governo central (composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou superávit primário de R$ 7,6 bilhões em março. O resultado - que representa um crescimento de 40,7% em relação a fevereiro - é o terceiro melhor da história para o período.
Com isso, o superávit acumulado em 2012 atingiu R$ 33,8 bilhões, o maior já registrado para o primeiro trimestre de qualquer ano. O valor é 31,5% maior que o obtido em 2011 e permitiu à equipe econômica superar a meta de primário fixada para todo o primeiro quadrimestre, que era de R$ 27,6 bilhões. “Continuamos com a tendência de bom resultado fiscal e de cumprimento da meta do ano”, afirmou ontem o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
De acordo com relatório, as receitas no primeiro trimestre somam R$ 217,2 bilhões, com aumento de 14,6% em relação a 2011. Já as despesas atingiram R$ 183,5 bilhões, com crescimento de 12% sobre o ano passado. Augustin comemorou o fato de o governo ter conseguido um bom desempenho fiscal e ao mesmo tempo aumentar os gastos com investimentos. Essas despesas chegaram a R$ 15,7 bilhões, com alta de 23,5%, em relação ao ano passado. “A tendência é que os investimentos continuem crescendo e fechem o ano acima do PIB nominal”, disse o secretário.
O resultado dos investimentos, no entanto, se deve principalmente a uma manobra fiscal feita pela equipe econômica que incluiu o programa Minha Casa, Minha Vida dentro dessas despesas neste ano. Embora seja composto em boa parte por subsídios, o programa é considerado investimento. Já os gastos do governo central com custeio subiram 11,5%, e os desembolsos com pessoal cresceram 3,3%.
O secretário negou que o bom resultado primário no primeiro trimestre de 2012 dê espaço para que o governo flexibilize a política fiscal ao longo do ano para ajudar a turbinar o crescimento da economia. Segundo Augustin, a escolha do governo é fazer uma política fiscal austera para dar ao Banco Central mais espaço para reduzir as taxas de juros no País e com isso incentivar a atividade econômica.
Troca de papéis do FGTS será neste semestre
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, anunciou que deve acontecer ainda neste primeiro semestre a troca dos títulos corrigidos pela taxa Selic na carteira do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por outros tipos de papéis da dívida pública federal. A medida faz parte da estratégia do Tesouro de reduzir o volume de títulos com rentabilidade atrelada à variação do juro básico no estoque da dívida pública. O objetivo do governo é avançar no processo de desindexação da economia da taxa Selic. Ao reduzir o número de papéis corrigidos pelo juro básico, aumenta-se a potência dos efeitos da política monetária do Banco Central. Por isso, a redução do volume de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) em posse dos fundos é importante. O Tesouro já fez esta troca nas carteiras de fundos extramercados.
Fonte: jcrs.uol.com.br