Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 20/05/2014

Só reduzir açúcar não adianta no combate à obesidade, alerta nutricionista

Embora a recomendação sobre o consumo de açúcar recentemente liderada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) possa ser importante para conscientizar a população para os riscos dos excessos na alimentação, ela não é suficiente para o combate efetivo à obesidade.

De acordo com a nutricionista Olga Amancio, do Departamento de Nutrição e Metabolismo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a diminuição no consumo de açúcar, gordura e sódio pela população em geral é uma recomendação importante, mas não significa uma solução para o problema.

"As pessoas costumam colocar açúcar no suco de fruta natural, um hábito desnecessário porque a fruta já tem doce. Para reduzir o consumo, as pessoas também podem optar por produtos diet e zero", sugere Amancio ao ressaltar que é possível fazer algumas mudanças para equilibrar o consumo de açúcar.

Para a nutricionista, a melhor atitude para evitar doenças cardiovasculares e diabetes é a mudança de estilo de vida.

"A simples restrição alimentar não resolve. As pessoas precisam entender que o jeito como levam a vida impacta diretamente na saúde e é isso que precisa ser repensado como um todo", analisa.

 "É preciso adotar um estilo de vida na qual a alimentação deve ser variada, com consumo de legumes, verduras, frutas e carnes, de forma a evitar os excessos".

Além disso, ela ressalta que ter uma vida sedentária também é muito prejudicial à saúde uma vez que "o sedentarismo é responsável por graves consequências".

"É muito importante praticar exercícios físicos regularmente. Desde criança as atividades físicas devem fazer parte do dia a dia, passando pela fase da adolescência, até a idade adulta e também os idosos", reforça a especialista.

Segundo Amancio, todas as doenças contaram com avanços tecnólogicos nos tratamentos, menos a obesidade. "Apenas com relação à obesidade isso não foi observado. A alta tecnologia provocou mudanças no comportamento das pessoas, que hoje são mais sedentárias e se preocupam menos com a alimentação em razão da rotina corrida", avalia.

No entanto, essa mudança de estilo de vida envolve a decisão de promover transformações diárias que devem ser mantidas a longo prazo.

"Nós, profissionais de saúde, orientamos nossos pacientes, mas eles é que precisam efetivamente realizar essas mudanças - que nem sempre são fáceis, mas na maioria dos casos, possíveis", afirma.

Fonte: www.uol.com.br


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Falsificação de remédio pode ser considerada crime hediondo

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 4553/12, do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que classifica como crime hediondo a corrupção, a adulteração ou a falsificação de alimentos ou remédios.

Saúde Empresarial, por Redação

Mutirão atenderá pacientes com dor de cabeça crônica em 11 Estados

As pessoas que sofrem com dor de cabeça crônica podem fazer uma consulta neurológica gratuita, com especialistas, neste fim de semana (1º e 2 de junho).

Deixe seu Comentário:

=