Publicado por Redação em Dental - 18/09/2015
Site ajuda a informar pessoas que elas têm mau hálito
O mau hálito, conhecido cientificamente como halitose, atinge 50 milhões de pessoas no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA). Quase sempre, quem tem mau hálito não percebe, pois as células do nariz se acostumam com os cheiros após algum tempo, e as pessoas que sentem o cheiro, muitas vezes, ficam constrangidas em informar que a outra pessoa está com mau hálito. Para ajudar essas pessoas, a ABHA disponibilizou uma ferramenta para que amigos informem aos outros sobre problemas no hálito, o SOS Mau Hálito.
"Algumas pessoas acham constrangedor avisar a alguém que ela está com halitose, como se estivesse atestando que essa pessoa não tem uma boa higiene bucal, mas nem sempre é esse fator que leva a pessoa a ter mau hálito. Pela presença desse tabu que a ABHA desenvolveu esse sistema", explica a presidente da ABHA, Maria Cecília Aguiar, sobre o "SOS Mau Hálito".
Segundo a ABHA, a halitose pode ocorrer com pessoas de qualquer idade e tem mais de 60 causas, podendo se agravar com o uso de determinados medicamentos, consumo excessivo de alimentos ricos em enxofre, baixa produção ou qualidade inadequada de saliva.
"Diferente do que a maioria das pessoas pensa, mau hálito não é sinônimo de descuido com a higiene bucal. Cerca de 90% das causas têm origem na boca e, em alguns casos, pode ser sintoma de diabetes, deficiência hepática e renal, sendo classificada como halitose sistêmica. O primeiro passo para um tratamento eficiente e duradouro é o diagnóstico preciso", explica Maria Cecília.
Para identificação do problema, é feita consulta detalhada, com avaliação da história de saúde do paciente, exame clínico odontológico, avaliação da qualidade do hálito, através do olfato do profissional (teste organoléptico) e por aparelhos que medem a quantidade de enxofre exalada na respiração. Outro exame importante é a sialometria, uma avaliação da saliva que revela se a quantidade está de acordo com os padrões.
Com o objetivo de acabar tabus sobre o mau hálito e tirar dúvidas da população, a Associação Brasileira de Halitose promoverá até o dia 24 de setembro diversas palestras em 17 estados do país, com 54 membros da ABHA discutindo o tema "Mau hálito: você precisa estar informado". As explanações fazem parte das atividades do Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito (22 de setembro).
Confira 12 dias para prevenir o mau hálito:
1. Visitar periodicamente o dentista para avaliação da saúde bucal.
2. Para higiene bucal rotineira, utilizar escova de dentes, creme dental, fio dental e limpador de língua.
3. A higienização bucal antes de dormir é a mais importante, pois durante o sono a produção de saliva diminui, o que favorece a multiplicação de bactérias e um maior acúmulo de resíduos na língua.
4. Alimentação a cada três/quatro horas, para evitar a queda dos níveis de glicose sanguínea e para estimular a produção de saliva.
5. Nos intervalos entre as refeições, ingerir quantidade adequada de líquidos (uma conta simples é 35ml de água para cada kg de peso, por dia), pois 99% da constituição da saliva é água. Não espere sentir sede para beber água, e sim transforme esse ato em hábito, em rotina.
6. Evitar refrigerantes ou bebidas alcoólicas, que acabam desidratando o organismo e comprometendo o hálito, bem como o consumo exagerado de cafés e outras bebidas ricas em cafeína.
7. Não fumar, pois o cigarro aumenta a descamação da mucosa oral, compromete a produção de saliva e predispõe a problemas gengivais.
8. Mastigar bem os alimentos, como exercício estimulador da saliva.
9. Consumir frutas cítricas e alimentos ricos em fibras, como granola, maçã e cenoura crua, que estimulam a salivação.
10. O uso de balas e sprays bucais não resolve o problema, apenas mascara o odor. Porém, o uso moderado de goma de mascar sem açúcar estimula a salivação, contribuindo para um bom hálito.
11. Evitar automedicação e o consumo desnecessário de medicamentos.
12. Estar em dia com a saúde geral, por meio de bons hábitos alimentares, atividades físicas rotineiras e avaliação médica periódica.
Fonte: Jornal Correio do Estado