Publicado por Redação em Previdência Corporate - 10/01/2013
Setor tem a maior captação líquida da indústria de fundos em 2012
A categoria previdência teve a maior captação líquida -que é a diferença entre as aplicações feitas e os resgates- dentre os fundos de investimento em 2012, de R$ 35 bilhões. O valor é 38% maior que o de 2011, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Esse segmento refere-se aos fundos de previdência abertos, não incluindo, portanto, os fundos de pensão, que são fechados.
O aumento foi o maior da série histórica, iniciada em 2006. Em 2011, a captação líquida dos fundo de previdência cresceu 32%.
No ano passado, a segunda maior captação líquida foi a dos fundos multimercados, de R$ 20,6 bilhões. Esses produtos mesclam investimentos em ações, moedas, renda fixa e derivativos (contratos que derivam de outros ativos e têm vencimento futuro).
Os fundos de renda fixa ficaram com R$ 9,4 bilhões e os de ações, com R$ 5,5 bilhões.
"Em termos de rentabilidade, destacaram-se, em 2012, os produtos de gestão ativa. Dos fundos de ações, todos superaram a rentabilidade do Ibovespa [principal índice da Bolsa brasileira]", disse Carlos Massaru, vice-presidente da Anbima.
Luiz Sorge, diretor da instituição, destaca que o cenário atual de juros baixos é um "divisor de águas" para o segmento de previdência.
"Acabou o cenário de alta rentabilidade, baixo risco e alta liquidez. Para buscar rentabilidade destacada, é preciso um gestor qualificado", afirmou.
Qanto ao alongamento dos prazos das carteiras de previdência proposto pelo governo, Sorge ressaltou que se trata de um processo natural que tem se implantado de forma gradativa.
"Na previdência, é preciso que o perfil de ativos da carteira esteja alinhado ao do passivo -ou seja, de longo prazo. Esse alongamento vai acontecer de forma natural e os aplicadores, em geral, já contam com gestores qualificados nesses produtos que estão olhando para isso."
Para Robert Van Dijk, outro vice-presidente da Anbima, a educação financeira do investidor torna-se, a partir de agora, um aspecto ainda mais relevante.
"Não só em relação à previdência, mas a toda a indústria de fundos, vai ser preciso que o investidor se informe cada vez mais e conheça o seu próprio perfil de risco, e também que os gestores procurem esclarecer cada vez melhor os clientes", disse.
Fonte: www.jornalacidade.com.br