Publicado por Redação em Vida em Grupo - 12/01/2015

Seguro de vida ou previdência privada: qual fazer?

A previdência privada e o seguro de vida são maneiras diferentes de garantir uma segurança financeira para o seu futuro. Enquanto um deles será a sua aposentadoria, o outro virá como uma ajuda aos seus dependentes caso algo aconteça com você. A escolha depende do tipo de garantia financeira que você gostaria de ter. Para ajudá-lo nessa escolha, entenda os perfis indicados para cada um.

Seguro de vida

“Quando é você que sustenta a família, este tipo de seguro garante que os familiares receberão uma indenização em dinheiro se algo acontecer com você, como um acidente que o impeça de trabalhar ou até a morte”, explica Wagner Martinez Feliciano, membro da Comissão de Vida, Previdência e Capitalização do Sindicato de Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP). Então, se o trabalhador tem dependentes, o seguro de vida será um suporte financeiro para a família no caso de morte ou invalidez.

O ideal é pensar quanto você gasta com os filhos todos os meses e se eles conseguiriam ganhar o suficiente para pagar as próprias contas. Por exemplo, quem for mãe de uma criança de 12 anos, sabe que ela poderá trabalhar aos 18 e, aos poucos, ganhar a renda própria. Por isso, o valor do seguro deve cobrir os gastos do filho durante estes seis anos. Então, se você gasta R$ 1 mil por mês, paga R$ 12 mil em um ano. Isso significa que um seguro de vida de, no mínimo, de R$ 72 mil seria o ideal.

Fique ligado: se os beneficiários forem menores de idade, eles não poderão receber o dinheiro porque a lei não permite. Caso isso aconteça, a quantia irá para um tutor que você deve escolher com antecedência e colocar no contrato. Ele será o responsável legal pelo seu filho, caso você faleça.

O seguro de vida não é indicado só para os mais velhos

Um jovem que sustenta a família e não tem dinheiro guardado para uma emergência pode começar a pensar no seguro. Ele pagará mais barato porque tem menos idade e, caso alguma fatalidade aconteça, a família será amparada com a indenização.

O que ele cobre?

Depende da escolhas que você vai fazer, mas o seguro costuma cobrir morte acidental ou natural e invalidez causada por acidentes e doenças. Alguns seguros ainda oferecem coberturas extras, como indenização no caso de morte ou invalidez do marido ou esposa do segurado.

E se ninguém for indicado na apólice?

Nesse caso, metade do valor da indenização fica com o marido ou esposa, no caso de segurados casados, e a outra metade com os filhos. Porém, se o seguro de vida for contratado como garantia de pagamento de um empréstimo ou financiamento, a indenização ficará com o banco ou a financeira.

Previdência privada

Também chamada de previdência complementar,ela é um investimento para garantir um dinheiro quando você estiver mais velho. Você paga parcelas mensais por 20 ou 30 anos e constrói uma reserva financeira que será resgatada após esse período. É indicada para manter uma renda ao se aposentar mesmo se você já contribui mensalmente ao INSS. “Eu costumo sugerir para quem têm os filhos já crescidos e está pensando na aposentadoria,” orienta o membro do Sincor-SP.
A previdência privada costuma fazer o dinheiro render mais, além de ajudar a criar disciplina para economizar, pois você não pode sacar com facilidade o que juntou. Outro ponto positivo dela é que, no futuro, você receberá em parcelas mensais o valor investido durante anos, sem ficar preocupado em fazer saques. Assim, você poderá usar essa quantia para complementar a renda.

No contrato da previdência existem algumas opções para retirar o dinheiro:

– Resgate total, que é quando você tira o dinheiro todo de uma vez após o prazo permitido pelo contrato;

– Renda temporária, na qual você recebe uma quantia mensal a partir da idade determinada em contrato e com uma data definida para acabar;

– Renda vitalícia, na qual você recebe o dinheiro todo mês enquanto estiver vivo e pela qual é possível autorizar a transferência desse benefício para outro beneficiário, caso você faleça.

Dependendo da quantia a ser depositada e de quando você decidir retirá-la, maior será o dinheiro no final. Por exemplo: se você começar a pagar a previdência privada aos 27 anos e depositar R$ 300 todo mês, ao completar 65 anos terá aproximadamente R$ 500 mil. Caso viva até os 85 anos, receberá mais de R$ 2mil por mês durante esses 20 anos.

Atenção: trabalhadores de carteira assinada precisam descobrir se a empresa paga a previdência para os funcionários. Quem já tem este benefício deve descobrir qual plano a empresa paga, pois talvez não precise procurar uma previdência complementar.

Quer contratar os dois?

Existem planos de previdência no mercado com cobertura de risco. “Essa cobertura é, na verdade, um seguro de vida”, conta Wagner. A família de quem faz esse plano pode receber o benefício em caso de falecimento do segurado. “A taxa cobrada neste caso não muda muito em relação aos valores na previdência e no seguro de vida feitos separadamente”, conta o especialista. Mesmo assim, faça cotações desse tipo de plano e compare os preços.

Fonte: konkero.com.br


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