Publicado por Redação em Vida em Grupo - 18/05/2015
Seguro de vida é o que mais cresce junto às micro e pequenas empresas
Coberturas, no entanto, precisam ser compatíveis com níveis salariais
Entre os pacotes de benefícios que as empresas oferecem aos seus funcionários, um item começa, aos poucos, a ser incorporado à cesta das micro e pequenas empresas: o seguro de vida. Benefício que já é realidade em 96% das organizações de grande porte, a proteção às famílias e indenizações aos funcionários em caso de doença ou invalidez ainda têm grande espaço para deslanchar no universo das pequenas corporações.
O mercado de seguros de pessoas registra taxas superiores às do mercado em geral. Neste primeiro trimestre de 2015, o volume de prêmios atingiu R$ 6.9 bilhões, crescendo 11,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Não há uma estatística específica para os seguros corporativos, estima-se que cerca de 40% desse volume venha das apólices coletivas, emitidas para as empresas. “A adesão é maior entre as grandes e médias empresas, mas como o universo de empregados é maior nas pequenas e micro, há aí um segmento a ser desenvolvido”, ressalta o professor da Escola Nacional de Seguros, Lauro Faria.
Com 45 funcionários, a Rhumo Consultoria Empresarial contrata apólices de vida coletiva para todos os seus funcionários, incluindo estagiários. Sérgio Campos, diretor-presidente da empresa, diz que o custo gira em torno de R$ 13 a R$ 15 por funcionário e a cobertura representa cerca de 18 salários, em caso de morte. Há também no pacote auxílio no caso de doença ou invalidez. O executivo considera que esse é um modelo importante de proteção para o trabalhador, porque oferece suporte à família, mas, mesmo assim, seu valor ainda é pouco percebido pelos funcionários. “Especialmente pelos mais jovens. À medida que a idade avança, a proteção passa a ser mais valorizada”, avalia.
Campos observa que quanto menor é a empresa, mais próxima costuma ser a relação entre a organização e seus funcionários. Por isso o seguro de vida é um parceiro importante das micro e pequenas empresas no momento de adversidades.
rincipal preocupação do empresário ao contratar o benefício para seus empregados é verificar se os valores segurados para as coberturas contratadas são compatíveis com os níveis salariais da empresa. “Evitando, assim, que uma possível indenização seja muito abaixo do padrão de vida do colaborador e de seus beneficiários”, alerta Angelo Vargas Garcia, vice-presidente em Minas, do Sindicato das Seguradora (Sindseg-MG/GO/MT/DF).
De olho nas possibilidades de crescimento do seguro de vida corporativo, o mercado lança novidades no modelo da proteção, dinamizando as formas de utilização do seguro em vida. O Grupo Segurador BB Mapfre lançou recentemente uma nova geração de seguros para as convenções coletivas de trabalho. O seguro agrega novas coberturas que trazem benefícios que podem ser usufruídos em vida, como cesta de natalidade e um cartão com um valor para ser utilizado conforme o desejo da família.”Há também uma cobertura denominada Acessibilidade, que permite ao trabalhador utilizar a indenização para melhorias de acesso em sua residência ou para outros fins que sejam importantes para sua situação em caso de invalidez”, diz Bento Zanzini, diretor de seguros de pessoas do grupo segurador BB Mapfre.
Custo diluído
Marcelo Fares, gerente de Produtos para Vida, Previdência e Capitalização da seguradora Zurich diz que muitas empresas ainda contratam o seguro quando há obrigatoriedade dos sindicatos. Segundo o executivo, o seguro de vida corporativo é uma apólice conhecida como empregado-empregador. Por ser uma apólice “em grupo”, o custo é diluído dependendo da quantidade de vidas. Portanto, o custo é mais atrativo quando comparado a uma apólice individual.arcelo Fares, gerente de Produtos para Vida, Previdência e Capitalização da seguradora Zurich diz que muitas empresas ainda contratam o seguro quando há obrigatoriedade dos sindicatos. Segundo o executivo, o seguro de vida corporativo é uma apólice conhecida como empregado-empregador. Por ser uma apólice “em grupo”, o custo é diluído dependendo da quantidade de vidas. Portanto, o custo é mais atrativo quando comparado a uma apólice individual.
Como porcentagem do PIB, arrecada-se perto de 0,05% em prêmios referentes aos seguros de vida corporativos, um percentual considerado baixo. “Vale notar que na Europa, por exemplo, a arrecadação de prêmios de seguros de vida atinge 4% do PIB, sendo pelo menos um terço dos contratos de vida em grupo”, reforça Faria.
Fonte: Jornal Estado de Minas