Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 22/02/2011

São Paulo amplia rede de tratamento preventivo contra HIV

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo anunciou ontem que vai aumentar o número de instituições aptas a oferecer o tratamento preventivo para pessoas que foram expostas ao HIV.
 
O objetivo é que até o final do ano 400 hospitais e postos de saúde que já acompanham soropositivos estejam também preparados para atender pessoas ainda não infectadas e distribuir o coquetel antirretroviral.
 
Hoje, são 172 as unidades coordenadas pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids que já fazem o procedimento de prevenção.
 
A chamada quimioprofilaxia é uma dosagem de medicações anti-HIV ministrada logo depois de uma exposição de risco, como em um abuso sexual ou em um acidente envolvendo o profissional da saúde e o sangue de um portador do vírus.
 
SEM CAMISINHA
 
Em outubro de 2008, o Ministério da Saúde autorizou o uso preventivo desses remédios também para quem teve relações desprotegidas com um parceiro soropositivo.
 
A pessoa nessas condições deve procurar um dos postos nas primeiras 72 horas após a exposição ao vírus, onde será avaliada para receber, gratuitamente e por 28 dias, o coquetel com três remédios: o AZT, o 3TC e o Tenofovir.
 
Esses medicamentos impedem a entrada do vírus na célula e a sua multiplicação. Devem ser dosados nesse curto período para que o vírus ainda não tenha tido tempo de se espalhar pelo corpo.
 
Segundo a sanitarista Maria Clara Gianna, coordenadora do programa estadual de DST/Aids, nem todos os casos serão submetidos ao tratamento preventivo.
 
"A pessoa que não souber da condição do parceiro fará um teste para checar se é soropositiva e uma avaliação para ver se deve receber a medicação", afirma.
 
Fatores como tipo de relação e o fato de o parceiro pertencer ou não a grupos de alta incidência da doença são considerados nessa avaliação. Se houve sexo anal, por exemplo, é recomendada a dosagem dos remédios, exceto se o parceiro for de um grupo de baixa prevalência da doença.
 
A médica Gianna afirma que o procedimento não tem riscos. "O único risco é a pessoa não usar camisinha por achar que o tratamento pode substituir o sexo seguro."
 
O infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas, reforça: "É uma prevenção em caso de acidentes, não um estímulo ao sexo desprotegido."
 
A lista com as unidades de atendimento está no site www.crt.saude.sp.gov.br/content/githejeket.mmp.
 
Fonte: www1.folha.uol.com.br | 22.02.11

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