Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 31/08/2011
Ritmo de contração de médicos clínicos por hospitais aumenta
SÃO PAULO – A falta de profissionais é uma das principais reclamações dos empregadores. Entre os setores que mais sofrem com deficit de mão de obra qualificada, está TI (Tecnologia da Informação).
Segundo o diretor de Desenvolvimento de Mercados da Brasscom (Associação Brasileira de Tecnologia da Informação e Comunicação), Sérgio Sgobbi, somente para este ano, faltam cerca de 92 mil profissionais.
Uma entre as milhares de empresas que sofrem com a falta de profissionais é a LDQI Design. O diretor de Desenvolvimento, Aryel Tupinambá, conta que, para que o plano de expansão da empresas saísse do papel, era necessário contratar 10 pessoas em dois meses.
“Conseguimos fazer duas contratações em quatro meses. Recebemos muitos currículos, mas muitos profissionais não são qualificados. Pensamos em contratar até um serviço de headhunter”. Além disso, ele afirma que os empregadores enfrentam outro tipo de problema, o salário.
De acordo com Tupinambá, os profissionais que já atuam no setor estão valorizando demais seus salários. “Alguns profissionais mudam rapidamente de empresa devido ao salários. Outros vão nas entrevistas de emprego só para negociar um salário melhor”.
Copa e Olimpíada
Se o cenário está complicado atualmente, a tendência não é das mais otimistas, já que, para os próximos anos, o deficit de profissionais deve aumentar. “O deficit de profissionais já é uma realidade enfrentada pelo setor de TI. A tendência é que o Apesar de não ser novo, o ritmo de contração de médicos clínicos por hospitais aumentou em muitas comunidades, levado em grande parte pela missão dos hospitais em aumentar a parcela de mercado e receita de acordo com descobertas feitas pelo Center for Studying Health System Change (HSC) em 12 regiões metropolitanas representativas nos EUA em 2010.
Através da maioria dessas 12 comunidades, a contratação de médicos clínicos por hospitais está aumentando rapidamente. As exceções são Orange County, onde as leis da Califórnia proíbem os hospitais de contratar os médicos clínicos diretamente; Boston, onde organizações de médicos clínicos mantêm profissionais não contratados alinhados com o sistema hospitalar dominante e o norte de Nova Jersey.
A maioria dos médicos clínicos atende independente ou particular, com mais da metade tendo interesse em ser proprietários de suas próprias clínicas em 2008. Em retorno pela permissão de privilégios, médicos independentes historicamente servem na equipe médica de um ou mais hospitais e desempenham tais funções sob a forma de plantão e servindo em conselhos.
Mas nos anos recentes, vários fatores enfraqueceram a ligação de médicos clínicos com hospitais. Avanços tecnológicos permitiram mais cuidados realizados em regime ambulatorial independentes, deixando os médicos menos dependentes de hospitais e menos dispostos a assumir chamadas de emergência e, por vezes, competindo diretamente com os serviços especializados.
Os hospitais começaram a empregar especialistas para plantões e aumentar a parcela de mercado em linhas de serviços lucrativas, como cuidados cardíaco e ortopédico, nos quais corriam risco de perder para os médicos clínicos. Ao mesmo tempo, o aumento de médicos internos que são especializados em pacientes que se encontram internados também contribuiu para o aumento de contratação de médicos clínicos em hospitais.
A recente onda da contratação de médicos clínicos não é a primeira investida dos hospitais em clínicas. No anos 90, a comoção em direção ao gerenciamento do cuidado e a manutenção das organizações de saúde provocou uma onda de compras por hospitais de clínicas médicas para assegurar bases de referência.
Os hospitais perderam dinheiro quando a produtividade dos médicos empregados caiu e muitos deles subsequentemente alienaram as clínicas adquiridas. Diferentemente da década de 90, os hospitais agora usam a compensação com base na produtividade em vez de salários.
Embora o potencial da contratação melhore a qualidade e eficiência por meio de uma melhor integração clínica, tem recebido muita atenção, sob a perspectiva do hospital, a contratação de médicos clínicos é uma das muitas estratégias para ganhar parcela de mercado ao aumentar internações, diagnósticos e serviços ambulatoriais.
Além disso, os hospitais costumam negociar contratos de planos de saúde em nome dos médicos empregados, ganhando maiores taxas e oferecendo uma remuneração mais atraente do que médicos clínicos independentes poderiam negociar sozinhos. A contratação não é a única estratégia que os hospitais usam para se atarem com os médicos clínicos – em mercados onde alguns desses profissionais são menos inclinados à contratação, os hospitais desenvolveram acordos contratuais, para reforçar as relações.
Enquanto os movimentos iniciais eram de contratação de especialistas para construir linhas de serviço, tais como cuidado cardíaco e oncológico, os hospitais estão aumentando a contratação de médicos de cuidados primários para capturar referências para seus especialistas contratos. “Há uma corrida louca para contratar médicos de cuidados primários”, afirmou um observador de mercado de Greenville.
Após a promulgação da reforma de saúde nacional em março de 2010, executivos de hospitais também citam cada vez mais a integração médico – hospitalar por meio da contratação de médicos clínicos como principal fator para a preparação da reforma de pagamento do Medicare, incluindo pagamento de pacotes, organizações de cuidados (ACOs) e penalidades para reinternações evitáveis.
Acompanhe os artigos do estudo Aumento de contratação de clínicos: melhor qualidade e maiores custos?, do Center for Studying Health System Change (HSC), com os seguintes tópicos:
• Hospitais Buscam Pacientes e Crescimento
• Médicos Clínicos Buscam Segurança
• Consolidação do Hospital incita a Contratação
• Coordenação: Cuidado de Melhor Qualidade?
• Potencial para Custos mais Altos
• Efeito no Acesso ao Cuidado
• Implicações na Política
• Notas
• Fonte de Dados e Financiamento
Tradução: Alba Milena, especial para o Saúde Web
Fonte: saudeweb.com.br