Publicado por Redação em Notícias Gerais - 04/08/2011
Resultado da CSN é impulsionado por minério de ferro, ressaltam analistas
SÃO PAULO – O resultado do segundo trimestre da siderúrgica CSN (CSNA3), divulgado na última quarta-feira (3), dividiu a opinião de analistas entre avaliações positivas e neutras.
Por outro lado, alguns pontos do balanço são igualmente destacados, como o fato de que a mineração – cujos preços do minério de ferro avançaram nos últimos meses - possuiu uma participação importante nos números.
Siderúrgica?
“Com o minério de ferro sendo responsável por grande parte da geração operacional de caixa, a CSN é uma ação mineradora cara, negociada a 5,8x o valor empresarial sobre o Ebitda esperado para 2012, frente a 4,4x para a Vale (VALE3, VALE5)”, revela o relatório do Santander, assinado por Felipe Reis, Alex Sciacio e Victoria Santaella, os quais classificaram o resultado como em linha com o esperado.
Tal afirmação pelos analistas se deve pelo fato de que o segmento de mineração contribuiu com 58,7% na linha Ebitda total consolidado no segundo trimestre. Do mesmo modo, os analistas concordam com o fato de que a receita líquida registrou número robusto, de R$ 4,3 bilhões no período.
Receita e custos aumentam
“Isso se deve ao aumento no volume de vendas e faturamento das principais áreas de negócio da companhia – siderurgia e mineração – com destaque para o avanço de 26,0% na comparação trimestral na receita do setor de mineração, em função dos maiores preços praticados”, indica o relatório do BB Investimentos, produzido por Victor Penna e Carlos Daltozo.
Porém, igualmente ressaltado é o aumento nos custos, como os relativos aos bens vendidos, os quais superaram em 10% as estimativas do Santander. Segundo a equipe da instituição, tal acréscimo se deve à expansão nos volumes vendidos, mas também é explicado pelo aumento na folha salarial, pressionada pelo avanço inflacionário no país.
Minério de ferro em alta
Desta forma, o relatório do BB Investimentos ressalta a evolução no resultado – lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, com alta de 29% sobre o mesmo período do ano anterior. “(...) continuamos otimistas com relação à demanda por minério de ferro e a manutenção dos preços em patamares elevados, que ajudarão a manter as margens da companhia nos próximos trimestres”, escrevem.
Por outro lado, a equipe do Santander mostra-se preocupada com a estratégia da empresa em adquirir ações da Usiminas (USIM3, USIM5), “o que pode ser justificado de um ponto de vista estratégico, mas não é a melhor maneira de empregar o dinheiro no curto prazo, enquanto não está produzindo nenhum retorno aos atuais acionistas”, justifica.
Fonte: www.infomoney.com.br - 04.08.2011