Publicado por Redação em Previdência Corporate - 31/03/2015
Renda Fixa garante a rentabilidade dos planos de previdência privada
A economia brasileira tem sido fortemente impactada pelo aumento da taxa de juros e da inflação. Para os analistas de instituições financeiras, a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), deve superar a barreira dos 8% nesse ano. Para o diretor da Senzala Corretora de Seguros, André Coutinho, se o cenário que se desenha tem reflexos diretos na capacidade de compra, também atinge os investidores, “principalmente os que têm dinheiro aplicado em fundos de investimento, como no caso da previdência privada, em função do retorno obtido”.
Quanto à rentabilidade da aplicação, Coutinho afirma que a previdência privada tem obtido um bom desempenho, especialmente para os planos compostos por fundos de Renda Fixa. Em fevereiro desse ano, nas operações de curto prazo, esta rendeu de 0,8% a 1%, bastante superior à poupança, que obteve rendimento de 0,52%. “Umas das vantagens da previdência privada é que ela atende diferentes perfis de investidores, tanto os mais agressivos, que preferem aplicar em papéis diferentes para aumentar a rentabilidade, quanto os mais conservadores, que preferem títulos públicos”, comenta.
O diretor da Senzala Corretora de Seguros reforça que, nesse momento, a orientação para quem quer ingressar na previdência privada é optar por fundos com taxas de administração mais baratas, que vão garantir uma rentabilidade maior, como a Renda Fixa. A modalidade consiste na compra de títulos que pagam, em períodos definidos, uma certa remuneração que pode ser definida no momento da aplicação.
“A Renda Fixa é mais atrativa porque comporta títulos pré e pós-fixados, além de planos com características de índice, alguns deles indexados pela inflação oficial. Com a elevação da taxa de juros, para investimentos no curto prazo, tornam-se interessantes os títulos pré-fixados”, assinala. Os títulos pré-fixados são aqueles cuja remuneração é definida no momento da aplicação, enquanto os pós-fixados compreendem aqueles cujo rendimento é determinado pela variação de um certo índice, mais uma taxa de juros determinada no início da operação, descontada a inflação do período.
Para quem já conta com plano de previdência privada, Coutinho diz que, considerando um perfil mais conservador, é mais vantajoso manter a aplicação em títulos públicos, do que migrar para papéis privados ou títulos de prazos maiores. “Como as ações estão em baixa, uma possibilidade seria a compra dessas cotas de capital, dentro do limite máximo previsto, para vender na alta e tentar obter uma rentabilidade maior no futuro. Porém, o risco dessa operação é alto”, pondera. A legislação determina que, na previdência privada, tenha-se até 49% de renda variável na composição dos fundos.
Fonte: Maria Emilia Staczuk