Publicado por Redação em Previdência Corporate - 08/02/2013
Receitas crescem 17,6% em 2012 para R$ 16,5 bilhões
Setor só é superado, na preferência do consumidor, pela caderneta de poupança
O mercado de capitalização conquistou resultados expressivos em 2012, passando a ocupar o segundo lugar na preferência dos consumidores, depois da poupança, segundo o Instituto Fractal-SP. As receitas das empresas alcançaram R$ 16,5 bilhões, avanço de 17,6% em relação a 2011, enquanto as reservas técnicas (valor total de títulos ativos, futuramente devolvido aos clientes) chegaram a R$ 22,5 bilhões, alta de 13,9%.
Ao falar no 2º Workshop FenaCap - Capitalização Perspectivas para 2013, realizado nesta quinta-feira no Rio, o presidente da Federação Nacional de Capitalização, Marco Antonio Barros, previu que o crescimento do setor dobrará nos próximos anos, em função das conquistas sociais obtidas pela população brasileira nos últimos anos, em função de um cenário marcado por distribuição e aumento de renda.
Para o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Complementar e Capitalização (CNSeg). Jorge Hilário Gouvêa Vieira, o aumento verificado na segmento de capitalização "foi impressionante ao liderar os resultados do mercado em geral".
Resultados
O volume de recursos injetados na economia, a partir da devolução das reservas acumuladas pelos portadores de títulos no período, atingiu R$ 10,6 bilhões, 16,13% acima do registrado no ano 2011. Por meio de sorteios, foram distribuídos R$ 841,9 milhões.
Os resultados indicam que um número cada vez maior de pessoas tem optado pelos títulos de capitalização como instrumento para guardar dinheiro e ainda concorrer a prêmios. "Hoje, cerca de 40 milhões de brasileiros aplicam suas economias em títulos de capitalização, forma de aplicação que ajuda a cultivar a disciplina financeira", ressaltou Barros..
O presidente da FenaCap explicou que as motivações de compra são variadas: o baixo valor do tíquete, em média de R$ 26,00 mensais, a ausência de burocracia, a dispensa de comprovação de renda, a existência de carência para resgate e a possibilidade de concorrer a prêmios ao longo de toda a vigência, acabam funcionando como um incentivo a mais para manter o dinheiro guardado.
Motivação e pontos básicos
"Os resultados obtidos no ano são bastante expressivos, o que demonstra a maturidade do mercado, e representa um importante incremento na poupança interna do país. A criação de produtos mais customizados e adaptados à realidade dos clientes, e a procura por parte da classe C justificam esse robusto crescimento", avalia Barros.
Também apontou como pontos básicos na capitalização a substituição da tradicional fiança de aluguel, a porta de entrada para início de relacionamento com instituição bancária, a alavancagem para novos negócios (microsseguros) e a contribuição para a formação de poupança interna.
Fonte: www.monitormercantil.com.br