Publicado por Redação em Previdência Corporate - 24/02/2011

Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quinta-feira

SÃO PAULO – A agenda econômica positiva nos Estados Unidos consegue ganhar relevância nesta quinta-feira (24), diminuindo o clima de aversão ao risco que dominou os mercados externos nos últimos pregões. As tensões na Líbia, vale lembrar, não arrefereceram, e o petróleo segue negociado acima dos US$ 100 por barril em Nova York. As bolsas norte-americanas operam praticamente estáveis, assim como o Ibovespa, que avança 0,3%, próximo dos 67 mil pontos.
 
O Initial Claims, por exemplo, registrou um total de 391 mil novos pedidos por auxílio-desemprego nos EUA na semana até 19 de fevereiro, melhor do que o esperado pelos analistas, cujas projeções giravam em torno de 410 mil. As encomendas de bens duráveis, por sua vez, subiram 2,7% em janeiro, em linha com o esperado e forte desempenho frente dezembro (-0,4%). A venda de casas novas, no entanto, decepcionou, ao marcar 284 mil negociações, bem abaixo das 310 mil esperadas. 
 
No Brasil, a confiança do consumidor aumentou em fevereiro deste ano, registrando 122,6 pontos, contra 121,6 apurados um mês antes. A alta foi de 0,8%. A taxa de desemprego, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ficou em 6,1%, alta de 0,8 ponto percentual frente a dezembro e recuo de 1,1 ponto percentual frente a janeiro de 2010, quando estava em 7,2%.
 
Vivo
No entanto, o maior destaque fica com a agenda corporativa. A Vivo (VIVO4) anunciou o maior lucro líquido da história da companhia: R$ 1,89 bilhão em 2010. Além disso, os números trimestrais superaram as projeções de analistas, com um crescimento de 325% do lucro líquido e de 21% da geração operacional de caixa do quarto trimestre de 2010 sobre o mesmo período de 2009. Em resposta ao forte resultado da companhias, as ações da Vivo são negociadas com alta de 4,98%, para R$ 57,74.
 
Klabin
Na ponta do Ibovespa, no entanto, ficam os papéis da Klabin (KLBN4), que disparam 5,88%, para R$ 5,93. A empresa divulgou durante a manhã seu resultado de 2010, quando obteve lucro líquido de R$ 560 milhões, conforme as normas de contabilidade do IFRS (International Financial Reporting Standards). Este valor representa um aumento de 232% na comparação com 2009, quando a empresa registrou lucro de R$ 169 milhões.
 
A produção de papéis de fibras virgens e reciclados foi de 1,781 milhões de toneladas, volume recorde e 10% superior ao de 2009. Outro recorde obtido foi o de volume de vendas de papéis e embalagens, que atingiu 1,716 milhão de toneladas , allta de 11% na comparação com o ano anterior.
 
Pão de Açúcar
Também no campo positivo, ficaram as ações do Pão de Açúcar (PCAR5), com alta de 1,80%, cotadas a R$ 62,10. O lucro líquido da companhia cresceu 81% entre os meses de outubro a dezembro de 2010 – na comparação com os meses de 2009 -, ao passo que o Ebitda avançou 54,9%, para R$ 769,3 milhões. A companhia também anunciou na manhã desta quarta-feira a conclusão das negociações para a aquisição da Sendas Distribuidora pela controlada Barcelona Comércio Varejista e Atacadista, por R$ 377 milhões.
 
Natura
A Natura (NATU3), por sua vez, reportou um lucro líquido de R$ 744,1 milhões em 2010 e de R$ 219,3 milhões no último trimestre de 2010, valor 17,6% maior que o mesmo período de 2009. Na mesma base de comparação, o Ebitda (geração operacional de caixa) e a receita líquida saltaram 21,4% e 18,1%, respectivamente. As ações da empresa, no entanto, operam com desvalorização de 1,37%, para R$ 43,30. 
 
Ultrapar
A também Ultrapar (UGPA4) divulgou seu resultado e anunciou ganhos de R$ 247 milhões nos três últimos meses de 2010, um crescimento de 81% sobre o mesmo período de 2009. "O maior volume de operações, decorrente dos investimentos realizados nos últimos anos, combinado com a nossa prudência financeira e cultura orientada para resultados e criação de valor, nos permitiram atingir patamares recordes de resultados em 2010, potencializados pelo forte crescimento da economia brasileira", destacou Pedro Wongtschowski, presidente da companhia, em nota. A variação dos papéis é amena, positiva em o,38%, cotados a R$ 26,30.
 
Restoque e Marcopolo
Ainda dentro da temporada de balanços, a Restoque (LLIS3), antiga Le Lis Blanc, apontou um crescimento de 457,8% do lucro líquido em 2010 e de 162,3% do Ebitda no ano. As ações da empresa são negociadas com alta de 1,54%, para R$ 16,45.
 
Enquanto isso, a Marcopolo (POMO4) registrou lucro líquido de R$ 295,8 milhões em 2010, um avanço de 136,6% sobre o valor registrado no mesmo período de 2009, enquanto a receita operacional líquida teve alta de 46,5% e o Ebitda cresceu 103,6%. No campo oposto, os papéis perdem 2,41%, negociados a R$ 5,66.
 
Braskem
Passando para o noticiário, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a compra integral da Quattor pela Braskem (BRKM5), assim como a aquisição da Unipar Comercial e Distribuidora e da indústria química Polibutenos. Mesmo com o parecer favorável, a empresa enfrentará algumas restrições. Ainda assim, os papéis reagem positivamente, com alta de 2,10%, para R$ 19,70. 
 
O comunicado enviado ao mercado informa que os futuros contratos que contenham claúsula de exclusividade na importação de resinas serão previamente analisados pelo Cade. A Braskem concordou ainda em submeter informações a respeito de seus negócios periodicamente, mas com caráter confidencial.
 
Minerva
O Minerva (BEEF3), por sua vez, divulgou na véspera comunicado ao mercado mostrando a participação do volume exportado para os países do norte da África e do Oriente Médio no seu faturamento e avaliando possíveis consequências da crise para suas atividades. As ações do frigorífico recuam 1,96%, negociadas a R$ 5,99. 
 
Segundo os dados divulgados pela empresa, a exportação para os países das regiões citadas correspondeu a 13% do faturamento bruto no ano passado. Nesse percentual, 3,1% é proveniente do Egito e 0,8% da Líbia. Como comparação, no total exportado de carne bovina pelo Brasil no ano passado, 32,9% do volume foi destinado ao norte da África e Oriente Médio.
 
A empresa avalia ainda que “a necessidade de importação destes países não deve se alterar significativamente”. Isso porque, segundo o Minerva, “a produção local é insuficiente para atender toda a demanda”.
 
MMX
Por fim, a MMX (MMXM3) comunicou nesta manhã que enviou à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a documentação completa para dar entrada do pedido de OPA (Oferta Pública de Aquisição) voluntária, através de permuta, das ações da PortX (PRTX3). Os papéis da mineradora avançam 1,85%, para R$ 9,90, enquanto as ações da PortX sobem 3,26%, para R$ 3,80. 
 
Mais resultados
Por fim, após o pregão desta quinta-feira, serão anunciados os resultados trimestrais de Vale (VALE3, VALE5), Valefert (FFTL3), Sul América (SULA3), Metalfrio (FRIO3), Grendene (GRND3), Fleury (FLRY3) e BR Malls (BRML3).
 
Fonte: web.infomoney.com.br | 24.02.11

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