Publicado por Redação em Notícias Gerais - 02/08/2011
Programa de reformas grego é
SÃO PAULO - O progresso do programa de reformas do governo grego pode levar o país à melhoria do nível de vida, ao crescimento econômico e à criação de emprego, classificado ainda como "impressionante" pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) ao apresentar nesta terça-feira (2), em Atenas, um relatório acerca da Grécia.
Além disto, a OCDE apontou que o progresso do programa pode contribuir para a redução da dívida do país em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) para níveis sustentáveis, além de permitir que a Grécia vença a crise da dívida, que ameaça sua permanência na Zona do Euro.
"As reformas realizadas durante o ano passado são impressionantes. Com maior competitividade, estamos vendo os primeiros sinais de que o tão necessário ajuste macroeconômico está gradualmente acontecendo ", apontou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria.
No último dia 21 de julho, os líderes europeus concordaram com um novo programa de resgate à Grécia no valor de € 109 bilhões, sendo que € 50 bilhões frutos de iniciativa privada. O plano - que também inclui corte nos juros pagos pelo país - objetiva cobrir todas as necessidades de financiamento gregas, e pretende unir não só a comunidade do continente como também o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o setor privado para apoiar o país, que se vê incapaz de honrar suas dívidas, com implicações tanto políticas quanto mercadológicas.
Dívida grega poderá cair 60% em duas décadas
De acordo com o estudo da OCDE, pressupondo que estas estas reformas sejam plenamente implementadas, a dívida da Grécia em relação ao PIB deverá apresentar um pico em 2013 e cair abaixo de 60% em 20 anos.
Ainda assim, avisa a OCDE, “a chave do sucesso está na implementação das reformas” que terá de ser “irrepreensível”. Admitindo ainda que vai ser preciso que o governo consiga fazer um exercício delicado, como provar aos mercados sua determinação em reduzir a dívida, mas também convencer a população de que os sacrifícios pedidos hoje são necessários para uma economia mais sólida no futuro.
Fonte: web.infomoney.com.br | 02.08.11