Publicado por Redação em Previdência Corporate - 06/09/2012
Previdência tem saldo de R$ 547 bi
Seguridade Social, porém, teve superávit desviado por Lula para gastar com juros Durante o Governo Lula (entre 2001 e 2010), a Seguridade Social (Previdência, Assistência Social e Saúde) apresentou superávit de R$ 547 bilhões. A informação é da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Social (Anfip-RJ).
A economista Denise Gentil, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lamenta que parte desse dinheiro tenha sido usado para compor o superávit primário (desvio de recursos para pagar juros). "Lamentavelmente, o governo de Dilma está ainda mais rígido que o de seu antecessor. E não há expectativa de mudança, pois no próprio relatório fiscal do Ministério da Fazenda está dito que o afrouxamento da política fiscal pressionaria a inflação, um discurso que a própria presidente Dilma criticou quando era chefe da Casa Civil", critica Denise.
A economista aponta a "calibragem excessiva da política fiscal" como principal causa do baixo dinamismo da economia. O arrocho nas contas públicas, segundo a professora da UFRJ, é usado para compensar a flexibilização dos juros e do crédito. "Esse modelo só interessa aos grupos que, infelizmente, são hegemônicos no país: agronegócio, bancos e capital estrangeiro", aponta, acrescentando que o momento deveria ser de retomada do investimento público.
"O aumento do rigor fiscal é particularmente perverso neste momento em que a expansão do emprego formal repercute positivamente na arrecadação da Previdência, enquanto o baixo crescimento faz desacelerar a arrecadação de impostos." Denise recomenda que o governo se lembre que os direitos das pessoas é inegociável: "No entanto, a atual administração do país retomou o conceito de superávit primário cheio, que inclui Petrobras e Eletrobras. Tal conceito já tinha sido abandonado", lembra, acrescentando que os setores hegemônicos no Brasil são justamente aqueles que pagam menos impostos.
Fonte: www.monitormercantil.com.br