Publicado por Redação em Previdência Corporate - 04/02/2015

Previdência privada rende mais que a caderneta de poupança

Ter uma aposentadoria que garanta uma melhor qualidade de vida é o desejo da maioria das pessoas e, para que isso se torne realidade, muitos brasileiros fazem investimentos, como a caderneta de poupança. Outra opção é pagar uma previdência privada, ou seja, paralela à do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a que todo trabalhador com carteira assinada tem direito. A previdência privada é considerada um investimento de baixo risco e com boa rentabilidade se comparada à poupança, por exemplo. Mas é preciso disciplina para esse tipo de aplicação, já que o tempo de resgate do benefício pode melhorar ou atrapalhar o valor do rendimento.

Segundo o economista Fábio Machado, a rentabilidade da previdência privada varia de 7,5% a 10% ao ano, podendo chegar a 13% com aumento da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), que é o referencial de juros no Brasil. Contudo, também existem percentuais a serem pagos para se manter esse tipo de aplicação. “As instituições cobram de 1% a 5% de taxa de carregamento e ainda tem a taxa de administração, que é em média de 1,5%. A rentabilidade líquida, no final, varia de 8% a 12%, dependendo do prazo de aplicação.”
Existem duas modalidades de previdência privada, que seguem tabelas distintas de Imposto de Renda (IR) e para cada uma delas é preciso observar o tempo de aplicação para ter o melhor rendimento, de acordo com Machado. “Na tabela regressiva, é mais vantajoso resgatar o dinheiro após 10 anos de aplicação. Já na tabela progressiva, o melhor é resgatar antes de 5 anos de investimento, observando o período de carência, que é de 2 anos”, afirmou.

O analista de sistemas José Pedro Rocha, de 33 anos, por exemplo, decidiu investir em uma previdência privada há 2 anos e não pretende resgatá-la tão cedo. “Eu tentava guardar dinheiro na poupança, mas direto retirava. Me falaram da previdência, que tinha um rendimento melhor e o resgate era só depois de alguns anos para compensar. Pensei e resolvi que seria uma maneira melhor de garantir uma aposentadoria mais tranquila. Eu deposito um valor mensal, como era na poupança, mas só pretendo retirar quando me aposentar.”

Tributação

Outro fator a ser observado antes de se optar por uma aplicação na previdência privada é a forma como é declarado o Imposto de Renda. “Para os que fazem declaração simples ou é isento, a modalidade chamada VGBL é mais vantajosa, pois o IR será abatido no resgate e vai incidir apenas sobre o rendimento do valor aplicado. Já para as pessoas cuja declaração do Imposto de Renda é completa, o mais indicado é a modalidade PGBL, cujo imposto será abatido também no resgate, mas será referente a todo o montante da previdência”, disse o economista Fábio Machado.

A técnica em enfermagem Mônica de Souza, de 38 anos, começou a aplicar em uma previdência privada há menos de 1 ano e, por orientação de profissionais da instituição onde contratou o investimento, optou pela modalidade VGBL. “Como faço uma declaração simples, falaram que esse modelo era melhor e que eu pagaria imposto apenas sobre os juros. Acho que é uma boa maneira de complementar a minha aposentadoria, de garantir uma vida mais tranquila no futuro.”

Para investir em uma previdência privada, o interessado pode fazer um depósito único ou fazer depósitos mensais. Não existe valor mínimo para o investimento e, segundo Fábio Machado, o ideal é começar o quanto antes. “Pode começar a previdência em qualquer idade, mas o quanto antes melhor, vai render mais. E o valor é o que você estipular. Pode ser R$ 50. Mas o importante é ter a disciplina de arcar com esse compromisso todo mês”, afirmou Machado.

Saiba mais:

Rendimentos
entre 7,5% e 13% ao ano

Rentabilidade líquida de 8% a 12%, conforme o prazo de aplicação

Taxas a pagar
Carregamento – de 1% a 5%

Administração – 1,5%

Prazo de resgate

Mínimo de 2 anos

Tabela progressiva Antes de 5 anos para ter melhor rentabilidade

Tabela regressiva Depois de 10 anos para ter melhor rentabilidade

Fonte: www.correiodeuberlandia.com.br


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