Publicado por Redação em Previdência Corporate - 11/03/2014
Previdência privada registra recuo em janeiro
A previdência privada voltou a recuar em janeiro. Os saques verificados nos fundos que recebem aplicações de planos PGBL e VGBL repetem o movimento ocorrido em julho e agosto de 2013 - os primeiros em cinco anos - e revertem a tendência de crescimento consolidada de setembro a dezembro. O primeiro mês de 2014 registrou resgates líquidos de R$ 257 milhões, segundo balanço com 826 fundos do setor feito pelas consultorias NetQuant e Towers Watson. As informações são do jornal Valor Econômico.
Ao contrário do que aconteceu em 2013, entretanto, quando os saques na renda fixa puxaram o resultado negativo, a queda de janeiro de 2014 foi concentrada na renda variável. As três categorias de fundos que aplicam em ações (com até 15% da carteira, até 30% e até 49%) somaram saques líquidos de R$ 476 milhões.
A renda fixa, por outro lado, teve entrada positiva de R$ 173 milhões. O mesmo ocorreu com o segmento de multimercados, que acrescentou R$ 44 milhões ao patrimônio do setor. Os valores, entretanto, foram insuficientes para compensar a sangria da renda variável no mês passado.
As rentabilidades - e a crescente aversão ao risco - explicam boa parte da fuga das carteiras com apostas em ações. Essas categorias de fundos de previdência privada tiveram em janeiro perdas de 0,75%, no caso das carteiras com até 15% de exposição em bolsa, recuo de 1,68%, na média do grupo com até 30%, e baixa de 3,18%, para os portfólios que aplicam até 49% em ações.
No primeiro mês de 2014, apenas a categoria renda fixa alcançou retorno médio positivo, de 0,41%, e mesmo assim consideravelmente abaixo do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), referência de rentabilidade para aplicações conservadoras, que variou 0,84% no período. Os multimercados, por sua vez, com mais flexibilidade para aplicar, inclusive em ações, tiveram queda média de 0,45%.
A pesquisa da NetQuant e da Towers Watson reforça a percepção de aumento do conservadorismo entre os investidores de previdência privada. O levantamento mostra, em 12 meses terminados em janeiro, um crescimento do patrimônio dos fundos de renda fixa, de 14,68%, para R$ 282 bilhões, e de 21,52% (R$ 12,5 bilhões), no caso dos multimercados. Enquanto isso, os segmentos de renda variável amargaram baixas no período de 20,54%, entre as carteiras mais expostas à bolsa, de 20,07%, nas intermediárias, e de 13,31%, para os portfólios com fatia mínima em ações. Os fundos com parcela em bolsa reúnem R$ 21,7 bilhões.
Entre os fundos com melhor desempenho no início de 2014, conforme a pesquisa, o Guardian Multimercado Crédito Privado, da Valora, alcançou rentabilidade de 3,12% com estratégia focada no investimento em cotas de fundos de direitos creditórios atrelados ao CDI.
Fonte: http://www.previdenciatotal.com.br/