Publicado por Redação em Previdência Corporate - 27/03/2012

Previdência pode facilitar o seu futuro

Especialista aponta importância do sistema e dá dicas para a escolha do seu plano

Com o fim da vida profissional não é difícil encontrar pessoas preocupadas por não terem conseguido guardar dinheiro suficiente para compor sua renda mensal depois que se aposentaram. Em casos como esses, a previdência privada aparece como uma das principais ferramentas utilizadas para organizar a renda nesta fase da vida.

Segundo Julio Galhardo, consultor em orientação financeira, a ferramenta ajuda a complementar o valor concedido ao contribuinte pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a previdência social. Ainda de acordo com o especialista, a previdência privada apresenta algumas vantagens.

“As seguradoras perguntam quanto você quer contribuir mensalmente. Se ocorre algo a você, o dinheiro é seu, não fica retido pelo banco, é possível sacar, e isso é bom”, explica Galhardo. O valor também não fica retido em caso de morte. “Se o contribuinte morre o valor acumulado vai para a pessoa que foi indicada por ele”, acrescenta.

Além disso, as empresas que oferecem os planos “perguntam também se o cliente não gostaria de uma cobertura por invalidez, funcionando da mesma forma que a aposentadoria do INSS”, explica Galhardo.

Cálculo

Para o especialista, são poucas as chances do contribuinte receber a mesma quantia que recebe da previdência privada, se dependesse somente do INSS. “Hoje quem se aposenta pela previdência social dificilmente vai ganhar algo além de R$ 3 mil, mesmo se contribuir R$ 3,9 mil, o teto máximo atualmente. O cálculo não é feito desta forma, onde você contribui com um valor e recebe igual no futuro. O resultado da previdência social vem da média de todos os salários sobre o qual incidiram suas contribuições”, diz.

Em relação à melhor opção, o especialista alerta que “é sempre bom ter a previdência social, o INSS. É uma questão de segurança. A privada acaba servindo para complementar este benefício. Precisamos nos lembrar que o objetivo do INSS é a subsistência dos seus segurados e não a manutenção do padrão de vida dos mesmos”, alerta Galhardo.

Quando começar a contribuir?

A data para o início da contribuição é tida como um senso comum. Quanto antes o profissional começar a contribuir, melhor. A lógica é simples, garante o especialista. Quanto mais tempo a pessoa tem para desembolsar um valor para alcançar um montante no futuro, menores serão as parcelas mensais.

“É a mesma coisa que comprar uma câmera fotográfica que custa R$ 1 mil. Você quer pagar em dez vezes, então terá dez parcelas de R$ 100 para pagar. Porém, caso você tenha mais tempo, por exemplo dois anos, poderá pagar em 20 vezes, ou seja, terá 20 parcelas de R$ 50. Logo, quanto maior o prazo, menos você paga por mês. Em uma solução sem juros, você vai ter R$ 1 mil dos dois jeitos”, exemplifica Galhardo.

Tipos de previdência privada

O sistema de previdência complementar privada é dividido em dois grandes subconjuntos: fechada e aberta. A fechada compõe os fundos de pensão, fiscalizados pela Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar).

Para participar basta ser assalariado de uma empresa que contribua para um fundo de pensão (Previ, Petru, etc), ou ser associado de alguma entidade ou sindicato que tenha essa opção, por exemplo, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A grande vantagem deste tipo de fundo é que eles não visam lucros e podem oferecer planos com mais benefícios aos seus participantes.

Já na aberta, os planos são regulamentados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). O atendimento normalmente pode ser feito em bancos associados, onde são disponibilizados planos como PGBL e VGBL.

PGBL X VGBL

No PGBL (Programa Gerador de Benefício Livre), o participante poderá realizar uma dedução da base de cálculo do IR (Imposto de Renda) das contribuições que forem feitas ao longo do ano, desde que ele opte pelo modelo completo da declaração do IR.

“O PGBL, desta forma, é melhor opção para o contribuinte caso ele opte por este modelo, já que permite este incentivo fiscal, enquanto que o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), não”.

“O caminho das pedras”

Diante da imensa variedade de planos de previdência privada, o profissional precisa analisar previamente diversos fatores que podem auxiliar ou até prejudicar seus planos financeiros. A busca pela vantagem e pelo lucro líquido pode, às vezes, tornar-se uma tarefa árdua caso algum erro seja cometido durante o planejamento.

“Não é possível definir se é mais vantajoso algum tipo de investimento. Depende de cada caso e de como o mercado se comporta ao longo deste processo. O retorno no futuro também dependente estritamente do tipo de contribuição que você adota e o quanto você contribui”, afirma Galhardo.

Veja as principais dicas no momento de adquirir um plano de previdência:

1) Tenha em mente de que precisará ter disciplina constante para não sacar o valor depositado mensalmente;
2) Bancos normalmente oferecem planos parecidos em termos de taxas, mas não são iguais;
3) Compare as taxas de carregamento administrativo e de administração financeira oferecidas;
4) Sempre verifique se há penalidade, no caso de desistência do plano;
5) Informe-se sobre a base atuarial oferecida no pós-aposentadoria, pois isto tem impacto direto no valor do benefício recebido;
6) Cuidado com as projeções de valor de benefício que são feitas pelo banco, pois podem ser irreais no longo prazo;
7) Acompanhe a rentabilidade das carteiras, pois sempre surgem boas opções.

Fonte: www.band.com.br


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