Publicado por Redação em Previdência Corporate - 26/09/2013

Previdência: como escolher o melhor plano para se aposentar bem?

Muitas pessoas, preocupadas com um futuro distante, realizam um investimento que consideram seguro e garantido para acumular um bom capital para o momento que decidir se aposentar: a previdência privada. No entanto, o que muitos não sabem é como escolher o plano mais adequado para suas necessidades – PGBL ou VGBL. Ou ainda como fazer para pagar menos imposto de renda escolhendo a tabela de tributação sobre a qual seu plano será descontado – regressiva ou progressiva.

Para a planejadora financeira certificada pelo IBCPF, Annalisa Dal Zotto, saber escolher o produto adequadamente pode fazer toda a diferença na hora de sacar o plano e obter um rendimento melhor.


PGBL e VGBL


O primeiro ponto importante, segundo a planejadora, é entender a diferença entre os dois tipos de planos. O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é a modalidade mais indicada para as pessoas que fazem a declaração completa do imposto de renda. Nessa modalidade é possível deduzir até 12% do total que a pessoa recebe anualmente na declaração do IR com o plano de previdência, no entanto, quando o investidor decidir sacar o plano de previdência, o imposto descontado será sobre o montante total.

Por outro lado, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) costuma ser mais indicado para as pessoas que realizam a declaração simplificada do imposto de renda. Com esse tipo de plano, não é possível deduzir a quantidade investida na declaração do imposto de renda. Contudo, a dedução de imposto de renda será feita ao longo do investimento e apenas sobre o rendimento, e não sobre o total.


Tabelas


A tributação também é outro ponto que deve ser observado pelo investidor ainda na hora de iniciar a aplicação. Existem dois tipos de tabela: a progressiva e a regressiva. Annalisa Dal Zotto explica que, para as pessoas que estão se planejando mais para o longo-prazo, a mais indicada é a regressiva.

“A vantagem desse modelo é no planejamento. Nos primeiros dois anos se paga 35%, no entanto, em dez anos a tributação é de 10%”, afirma a planejadora financeira (confira tabela completa no final da matéria). Já na tabela progressiva, a tributação é feita por conta do total resgatado, quem sacar mais de R$ 4.271,59 terá 27,5% do valor retido.
 


Taxas


“Os grandes bancos costumam cobrar taxas mais altas”, ressalta a planejadora financeira.  A taxa de administração é uma das mais importantes, em grandes instituições, ela pode chegar a 4%, segundo Annalisa. No entanto, em seguradoras independentes é possível encontrar taxas de administração de até 0,5%.

Outras taxas ainda são as taxas de carregamento e de carregamento de saída. Normalmente, elas tiram parte do capital investido inicialmente, ou seja, ele nem chega a ser investido no fundo de previdência propriamente. Annalisa ressalta que é importante que a pessoa pesquise bem antes de começar o plano de previdência para assim evitar dores de cabeça na hora de resgatar o dinheiro acumulado.

 

 

Tabela de tributação progressiva

Base de cálculo mensal em R$ Alíquota 
Até 1.710,78

-

De 1.710,79 até 2.563,91

7,5%

De 2.563,92 até 3.418,59 15,0%
De 3.418,60 até 4.271,59

22,5%

Acima de 4.271,59

27,5%

 

Tabela de tributação regressiva

Prazo de acumulação fundo de previdência Alíquota
Inferior a 2 anos 35% 
Entre 2 e 4 anos  30%
Entre 4 e 6 anos 25% 
Entre 6 e 8 anos 20%
Entre 8 e 10 anos  15%
Acima de 10 anos 10%

 

Fonte: InfoMoney


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