Publicado por Redação em Notícias Gerais - 30/08/2011
Pressão inflacionária deve se manter na Alemanha, diz Commerzbank
SÃO PAULO – A taxa inflacionária deve permanecer na Alemanha acima dos 2%, que é o teto fixado pelo BCE (Banco Central Europeu) para a estabilidade de preços. O Commerzbank acredita que a desaceleração mensal em agosto não mostra uma tendência de queda.
O segundo maior banco do país cita a política monetária de afrouxo como uma das responsáveis pela tendência de alta. O risco pode ser ainda maior, porque é esperado da economia alemã um crescimento maior do que nos outros países da Zona do Euro. Com o aquecimento, os preços podem subir ainda mais.
Melhora momentânea
Ulrike Rondorf, que assina o relatório, explica que a retração do indicador em agosto, de 2,4% no mês anterior, para 2,3%, que é prevista pela pesquisa em cinco estados da federação, não demonstra um alívio para a Alemanha. “Ainda é muito cedo para acender a luz verde”, afirma o economista.
Segundo o banco, a desaceleração veio, principalmente, por causa da redução nos preços do petróleo. A gasolina e outros derivados apareceram como os heróis da inflação mensal no país. Alimentos relacionados a fatores sazonais também diminuíram a pressão sobre o índice.
Porém, mesmo que se exclua os preços mais voláteis, exatamente de energia e alimentação, a taxa aparece alta, em 1,3%. Segundo as projeções do Commerzbank, o “core inflation” deve alcançar os patamares da inflação total até o fim do ano que vem.
Possibilidade de queda
O analista, no entanto, cita que a possibilidade de o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) alemão se tornar mais tímidos nos próximos períodos como um meio de se retirar a pressão sobre os preços. Já que a política monetária do BCE não pode contemplar apenas a Alemanha, o enfraquecimento da economia poderia ajudar, mas, na visão de Rondorf, apenas dando “um leve respiro”.
Fonte: web.infomoney.com.br | 30.08.11