Publicado por Redação em Previdência Corporate - 07/07/2011

Preços dos alimentos caem 4,67% em junho, segundo índice Ceagesp

SÃO PAULO – De acordo com o Índice Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o preço dos alimentos sofreu um recuo de 4,67% no mês de junho. Apenas no setor de verduras, o decréscimo dos preços foi mais significativo, de 5,96% no mesmo mês. No seis primeiros meses do ano, o índice acumula elevação de 0,64%.
 
De acordo com o economista da Ceagesp, Flávio Godas, um dos principais fatores que impulsionam os preços para baixo é a redução média de 30% no consumo. “No inverno, as pessoas costumam consumir menos frutas, legumes e verduras”, avalia. Por isso, a tendência é de uma boa oferta de produtos com preços  menores e ótima qualidade.
 
Alguns alimentos apresentam comportamento inverso, de acordo com ele, e têm seus preços elevados. Entre eles, estão a couve-manteiga, por ser um acompanhamento da feijoada; a mandioquinha, muito usada na preparação de caldos; e do milho verde, utilizado nas Festas Juninas.
 
Inverno: vilão dos preços?
Ao contrário do que as pessoas pensam, o inverno não é um vilão da produção de folhas. “Normalmente, as hortaliças produzem bem nessa época e a quantidade de perda é muito pequena devido às temperaturas mais amenas”, revela.
 
Godas explica que o comportamento dos preços costuma acontecer da seguinte maneira: no primeiro trimestre, os preços sobem bastante. Mas, a partir da segunda quinzena de março, eles começam a cair e a queda se estende até dezembro, se não houver nenhuma condição climática diferente. “Faz vinte anos que eu trabalho aqui e sempre foi assim”, destaca.
 
Em 2011, no entanto, o clima apresentou alterações no estado de São Paulo com geadas leves nas regiões de Mogi das Cruzes e Sorocaba. Nesses casos, alface e escarola foram as hortaliças afetadas, o que gerou um aumento de 20% no preço de ambas, no início do mês de julho.
 
No Paraná e Santa Catarina também houve geada, a qual afetou plantações de abobrinhas e tomates, respectivamente. “Mas o impacto no preço desses produtos só será sentido no médio prazo, daqui 20 ou 30 dias”, alerta.
 
De acordo com Godas, aumentos podem acontecer a partir de julho. "Com a expectativa de novas geadas e de frio mais rigoroso, os preços poderão apresentar elevações, principalmente as hortaliças mais sensíveis como alface, rúcula, escarola, agrião, abobrinha, tomate, entre outras, que devem sofrer os efeitos destas condições climáticas adversas e registrar redução do volume ofertado e perda de qualidade”, prevê.
 
Fonte: web.infomoney.com.br | 07.07.11

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