Publicado por Redação em Dental - 03/06/2011
Piercing na boca causa retração da gengiva, diz estudo
Quanto mais tempo as pessoas usam piercings, pior é a retração das gengivas, segundo uma pesquisa feita pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.
A equipe de cientistas disse que pessoas com piercings nos lábios são muito mais propensas a ter retração das gengivas do que aquelas sem piercing.
A retração pode causar a perda de dentes e está associada com várias doenças na gengiva.
Os pesquisadores de Ohio descobriram que a profundidade média da retração das gengivas nas pessoas com piercings é mais do que o dobro da profundidade de retração naquelas que não os usam.
Dimitris Tatakis e sua equipe apresentaram os resultados de suas pesquisas na conferência da Associação Internacional e Americana para Pesquisa Odontológica.
'Fricção'
O professor Jimmy Steele, da Escola de Odontologia da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, disse que aqueles que têm (ou estão considerando fazer) piercings na boca deveriam levar em consideração os resultados da pesquisa.
"O metal do piercing entra em fricção com a gengiva junto à parte mais fina dos dentes, fazendo a gengiva retrair", disse o professor
"Uma vez que isso acontece, a gengiva não volta a crescer, causando dificuldades para sua limpeza. Por isso as pessoas ficam mais propensas a contrair doenças da gengiva."
"O efeito é bem localizado, e por isso somente um ou dois dentes são afetados. Mas normalmente são os dentes da frente, que as pessoas não necessariamente querem perder."
O professor disse que o problema é maior para aqueles que usam piercings há muito tempo.
Ele disse que tirar o piercing durante a noite e ter certeza de que os dentes estão bem limpos pode diminuir o risco de complicações.
Em 2003, a Associação Odontológica Britânica também alertou em seu boletim oficial dos riscos dos piercings nos lábios.
Cada vez mais populares, os piercings na boca podem causar infecções e reações perigosas e possivelmente causar doenças que podem levar até à morte, segundo a associação.
Fonte: www.brasileconomico.com.br | 03.06.11