Publicado por Redação em Previdência Corporate - 01/03/2011

Petro está bem posicionada para investimentos ambiciosos, diz Moodys

SÃO PAULO - "A Petrobras (PETR3,PETR4) está bem posicionada para avançar em seu programa de investimentos de capital". A partir dessa premissa a Moody's avalia os desafios que a estatal brasileira terá para por em prática o orçamento que prevê até US$ 224 bilhões em investimentos entre 2010 e 2014.

Para tanto, a capitalização da companhia e o programa de reforma do setor de energia pelo governo brasileiro serão de extrema importância, avalia a agência de classificação de risco, para que a estatal consiga realizar uma administração responsável no se refere à alavancagem financeira e crescimento.

O plano, um dos "programas de investimento em energia mais ambiciosos do mundo", eleva a dívida da petrolífera de forma considerável, pondera a Moody's, mas ao mesmo tempo a produção e as reservas também devem apresentar forte crescimento.

Elevação de rating à vista?
“Ficaremos atentos ao contínuo sucesso do programa de atividades de exploração e produção e a uma progressão razoável dos investimentos, crescimento, e alavancagem financeira para poder elevar os ratings da Petrobras”, avaliou Thomas Coleman, vice-presidente sênior da Moody’s

“Com a recente capitalização da empresa, vemos uma boa flexibilidade no seu atual nível de rating, mas um aumento considerável da alavancagem além das metas da empresa, uma interferência inesperada do governo ou alterações das políticas poderiam pressionar negativamente o rating ”, completou o executivo.

Atualmente, a Petrobras tem rating A3 em moeda local, o que reflete, segundo a Moody's, "sua condição privilegiada e posição dominante" no setor, e também os riscos de seu ambicioso plano de investimentos.

Desafios
Dentre os principais desafios estão os riscos de execução em termos geológicos, tecnológicos e de acesso aos materiais, plataformas e serviços. Ademais, a aplicação de desenvolvimentos e o ambiente político também não podem ser esquecidos.

Além disso, observa a Moody's, "a empresa poderia investir mais de U$50 bilhões no programa de investimentos em 2011, ultrapassando significativamente seu fluxo de caixa mesmo com o aumento da produção".

Mas em suma, Coleman diz acreditar que "a Petrobras tenha flexibilidade para administrar sua alavancagem, bem como escala, elevado fluxo de caixa e perfil de produção consistente com seus ratings atuais", finalizou.

Fonte: web.infomoney.com.br | 01.03.11


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