Publicado por Redação em Notícias Gerais - 28/08/2012
Perspectiva de corte na Selic sustenta alta do Ibovespa
Expectativa com anúncio de Bernanke também contribui para o comportamento da bolsa brasileira, que se descola das demais.
No primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), os investidores domésticos operam com otimismo, impulsionados pela possibilidade de um novo corte na taxa básica de juros.
Há pouco, o principal índice da bolsa paulista subia 0,69%, aos 58.513 pontos, com giro financeiro de R$ 2,55 bilhões.
De acordo com Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Tov Corretora, as projeções consideram que na quarta-feira (28/8) deve ser anunciada nova redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic.
"Além disso, nos últimos dias, o índice brasileiro tem caído além do desempenho das bolsas internacionais. Normal que isso seja compensado, por isso, o Ibovespa está avançando", explica.
Nos Estados Unidos, os índices operam com leve alta, diante da expectativa que durante o simpósio de Jackson Hole, que acontece nesta sexta-feira (31/8), o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, dê indícios que vai anunciar a terceira rodada de compra de ativos.
Instantes atrás, o Dow Jones subia 0,06%; S&P 500 ganhava 0,07%; e o Nasdaq avançava 0,26%.
"A tendência é que os investidores se concentrem durante a semana nas esperanças de que um plano está sendo elaborado", avalia Silveira.
Os indicadores dos Estados Unidos vieram mistos, contribuindo para que o ponto de referência seja esperar o discurso de Bernanke.
"Enquanto a confiança do consumidor dos Estados Unidos caiu, os índices referentes aos imóveis vieram reforçar a teoria de que esse setor está se recuperando e pode ser o motor da retomada econômica dos Estados Unidos", analisa economista-chefe da Tov Corretora.
Na Europa, a ausência de indicadores fez com que os dados relacionados à economia japonesa fossem assimilados pelos investidores. "Ao ser divulgado que a avaliação econômica do Japão foi ruim, os agentes operaram em queda", explica.
Com isso, o CAC 40, da França, perdeu 0,90%; e na Alemanha, o DAX caiu 0,64%, enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 recuou 0,02%.
Além disso, a ausência de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), na reunião de Jackson Hole também fez com que o pessimismo se estabelecesse entre os agentes europeus.
Destaques
Entre as maiores valorizações, as ações ordinárias da Marfrig (MRFG3) subiam 5,85%, cotadas à R$ 11,22, e os papéis da PDG Realty (PDGR3) avançavam 4,36%, vendidos por R$ 3,59,
No entanto, a maior baixa era das ações da Cosan (CSAN3), que há pouco recuavam 1,62%, a R$ 33,39.
Câmbio
No mercado de câmbio, o dólar comercial tinha alta de 0,93% ante o real, negociado a R$ 2,0470 na compra e R$ 2,0490 na venda.
Fonte: www.brasileconomico.ig.com.br