Publicado por Redação em Notícias Gerais - 19/10/2015
Pedalar não é e nunca foi crime", afirma Roberto Requião
"Essa meta é uma imposição de credores externos, é uma pressão do capital internacional sobre o país e não há sanção alguma caso seja descumprida", afirmou Requião. Senador lembrou ainda que tanto FHC como Lula também usaram das "pedaladas" sem que fossem incomodados pelo TCU ou Congresso Nacional
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) desmistificou o julgamento das ditas “pedaladas” ocorrido ontem (7) pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo o parlamentar, o descumprimento dessas metas programáticas inflacionárias são chamadas de “pedaladas” para degradar a discussão.
“Essa meta é uma imposição de credores externos, é uma pressão do capital internacional sobre o país e não há sanção alguma caso seja descumprida”, disse em mensagem radiofônica.
Segundo o congressista, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e ex-secretário do Tesouro Arno Augustin queriam evitar “sanções” do mercado internacional, e não deixar de investir na economia e em programas sociais.
“Então, eles (Mantega e Arno) deixaram que os bancos pagassem as contas do governo, e atrasaram o pagamento aos bancos”, afirmou. “Nada demais nisso aí”, disse Requião, acrescentando que tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e como o seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, também usaram das “pedaladas” sem que fossem incomodados pelo TCU ou Congresso Nacional.
O senador explicou ainda que “se fosse uma empresa privada essas ‘pedaladas’ seriam chamadas de ‘engenharia financeira'”. Para Requião, “podemos questionar o uso dessa engenharia financeira. Faltou ao Brasil um projeto de desenvolvimento econômico, de industrialização”. “Mas não houve crime. Ninguém de apropriou de recursos público”, disse.
“O capital financeiro internacional quer coagir países a deixarem de lado suas obrigações com o povo, de emprego, de saúde, de previdência, e os programas sociais, as bolsas compensatórias, para pagar suas dividas com juros rigorosamente absurdos”, acrescentou.
Fonte: Pragmatismo Político