Publicado por Redação em Notícias Gerais - 29/06/2011
Paulistanos com renda até 10 mínimos têm mais dificuldade em pagar dívidas
SÃO PAULO – O número de famílias paulistanas endividadas, com contas em atraso e sem condições de pagar as dívidas é maior entre aquelas com renda de até dez salários mínimos. Em junho, 41% delas afirmaram que não poderão honrar com o pagamento parcial ou total dos débitos no próximo mês.
Segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), divulgada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) nesta quarta-feira (29), 33,7% dos entrevistados que recebem até dez mínimos disseram que vão pagar parte do débito e outros 20,2% deverão pagá-lo integralmente.
Considerando as famílias com as contas em atraso e que ganham mais de dez mínimos, 46,2% conseguirão honrar totalmente seus compromissos, enquanto 34,6% disseram que vão quitar parcialmente. Por outro lado, 15,4% não terão condições de pagar nada.
Do total de inadimplentes, considerando todas as faixas de renda, 39,1% disseram que não terão condições de pagar as dívidas no próximo mês, outros 33,7% conseguirão pagar parte delas e 22,2% afirmaram que arcarão totalmente com os débitos.
Endividados
A pesquisa mostra que, do total de entrevistados, 13,1% disseram que estão muito endividados. Esse percentual é maior entre os que recebem até dez salários mínimos (14,5%) do que entre as famílias com renda superior a esse patamar (6,5%).
De modo geral, 16,5% dos entrevistados estão mais ou menos endividados e 17,3% estão pouco endividados. Em compensação, 51,7% das famílias não têm dívidas, sendo que, entre aquelas com renda de até dez salários mínimos, o número cai para 48,8% e, entre aquelas com renda superior a dez mínimos, sobe para 65,5%.
Cartão de crédito lidera
Analisando os tipos de dívida, de maneira geral, o cartão de crédito lidera, com 70% das respostas, seguido por carnês, com 21,3%, e crédito pessoal, com 14,8%.
Considerando as faixas de renda, novamente o cartão de crédito aparece no topo da lista, sendo utilizado por 75,4% das famílias que ganham até 10 salários mínimos e por 69,2% das que têm renda abaixo deste valor.
O crédito pessoal também endivida mais as famílias que recebem acima de 10 mínimos (18%) dos que as que ganham abaixo disso (14,4%), situação inversa que ocorre com os carnês. Este tipo de dívida é mais comum para as famílias com ganhos até 10 mínimos (22,3%).
Fonte: web.infomoney.com.br | 29.06.11