Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 24/02/2011
Para os médicos, adoção de EMR não é entretenimento
Selecionar e adotar um sistema de registro eletrônico em saúde é essencial para a saúde da prática médica.
Assim como o tratamento médico apropriado é essencial para a saúde de um paciente, a abordagem certa ao selecionar e adotar um sistema de registro (prontuário) médico eletrônico é essencial para a saúde e até para a sobrevivência da prática médica. E não se trata apenas de tecnologia.
Grandes problemas podem acompanhar a escolha mal feita de um sistema EMR, pelos motivos errados, e pela expectativa de que um fornecedor de software conseguirá implantar, com êxito, o sistema sem o engajamento dos médicos. Esses problemas podem custar muito mais do que o fundo de estímulo federal oferecido para encorajar os profissionais da saúde a implantarem esse sistema.
Para os profissionais da saúde, a seleção e adoção de um sistema EMR não é entretenimento. Os médicos devem estar ativamente engajados. Devem focar na avaliação de funções que ofereçam suporte a qualidade, segurança, resultados e privacidade do paciente. Mas devem insistir, também, em funções que melhorem a eficiência e a viabilidade de suas práticas.
Acompanhamos médicos autônomos, em nossa região, durante suas escolhas de sistemas EMR. Para garantir uma boa escolha, esses profissionais precisam se lembrar de três pontos:
1. Implantação não é o mesmo que utilização. A tecnologia torna possível, mas a arte está em tornar o sistema pessoal para médicos e equipe. Não existe uma só opção, por isso, é importante encontrar um sistema que opere de acordo com a forma que os médicos de uma clínica ou consultório trabalham.
2. Funcionalidade não é o mesmo que utilização. Não se trata do número de funções avançadas que um aplicativo oferece. Pense em termos de números de telas e cliques necessários para qualificá-lo, não só dentro dos requerimentos federais de "uso significativo", mas também para entregar "valor significativo" para você e seus pacientes. Avalie se as funções oferecem assistência ou caos durante a tomada de decisões clínicas, cuidados com paciente e tratamento.
Estamos realizando um evento para que os médicos possam avaliar e comparar sistemas com base em quantos cliques são necessários para executar padrões-chave de uso significativo. A certificação ONC-ATCB demonstra apenas que um aplicativo consegue executar o padrão requerido, mas não com que facilidade.
3. "Dado" não é o mesmo que "informação". Avalie não só como o PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) captura informações sobre os cuidados oferecidos durante o tratamento de um paciente, mas também com que perfeição a informação é disponibilizada e acessada durante consultas subseqüentes. Avalie se o sistema consegue receber e trocar informações, local, regional e nacionalmente, sem dificuldade e com segurança, em colaboração com médicos e profissionais da saúde de outros lugares.
Os sistemas RES mais bem sucedidos, pelo o que acompanhamos, foram aqueles que focaram em funcionalidade central.
Fonte: www.saudebusinessweb.com.br | 23.02.11