Publicado por Redação em Dental - 09/08/2016

Os alimentos estão perdendo o gosto? Vá ao dentista!

 Quando a saliva se encontra reduzida ou mais viscosa do que o normal, aumenta a possibilidade de se criar uma barreira na língua que dificulta o contato dos alimentos com as papilas gustativas
Foto: wavebreakmedia / Shutterstock

Uma saliva viscosa pode criar uma barreira invisível na língua e impedir que as papilas gustativas exerçam seus papéis corretamente

omer está entre os maiores prazeres da vida e quando esse prazer sofre alterações ou problemas, temos que nos preocupar. Não é normal não sentir mais o gosto dos alimentos corretamente e isso muitas vezes é um problema para o dentista resolver, pois a falta de paladar pode estar ligada diretamente à saliva.

Como já vimos, a saliva é a grande responsável pela limpeza natural da boca. Mas não é só para isso que ela serve, não. “Ela também é responsável pela digestão do amido, provocando a quebra das moléculas presentes nele. O amido pode ser encontrado principalmente em pães, massas, tubérculos e raízes. Com isso, ela contribui para tornar o alimento amargo (amido) levemente adocicado”, diz Marignês Theotônio Dutra, especialista em Alterações Salivares e Coordenadora do Curso de Halitose Oficial da ABHA (Associação Brasileira de Halitose).

Mas a função de limpeza também influi na percepção do sabor, afinal, é uma das missões da saliva deixar a boca sempre limpa para que as papilas gustativas possam sugar todo o sabor dos alimentos.

“Quando a saliva se encontra reduzida ou mais viscosa do que o normal, aumenta a possibilidade de se criar uma barreira mecânica e pouco visível na superfície da língua, denominado biofilme lingual sub-clínico, que dificulta o contato físico dos alimentos com as papilas gustativas, que são pequenas estruturas responsáveis pelo reconhecimento de sabores e estão espalhadas por toda a superfície da língua”, diz a especialista.

Hábitos que fazem a diferença

 

Considerando-se que 98% da saliva é água, o hábito de não beber água pode levar esse fluído a um desequilíbrio hídrico favorecendo a formação dessa barreira que citamos acima. Ou seja, beber água é fundamental para manter a qualidade da saliva e o gosto dos alimentos sempre vivo. Mas o que comemos também influi.

“A rotina da vida moderna coloca a nossa disposição alimentos industrializados que exigem muito pouco ou quase nada da mastigação, mecanismo que é um dos maiores estímulos das glândulas salivares. O ato de mastigar estimula a produção de saliva de boa qualidade. Alimentos vivos, ou seja, provindos da natureza e ricos em fibras são estimulantes naturais indispensáveis”, diz Marignês.

Cuidado com o hálito!

 

Além de acabarem com o sabor dos alimentos, as alterações salivares também podem causar sensação de boca seca (xerostomia), ardência e halitose. “O mau hálito pode ser gerado a partir dessa saliva muito viscosa que se torna alimento para as bactérias formarem compostos de enxofre. Por esse motivo, é possível que uma pessoa muito cuidadosa com a higiene tenha o hálito alterado e sensação gosto ruim na boca”, diz a especialista.

Papel do dentista

 

Por isso que Marignês recomenda: se os alimentos estão perdendo o gosto, vá ao dentista, pois esse profissional pode, através de exames específicos, observar seu hálito, possíveis descamações, saburra, a qualidade e quantidade da saliva e indicar o melhor tratamento para que comer continue sempre sendo um prazer.

Fonte: Terra Saúde Bucal


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