Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 20/06/2011

Oportunidades no setor farmacêutico são maiores do que desafios

Temas como encargos tributários, que giram em torno de 35% no setor farmacêutico, e as regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que muitas vezes são vistas pelo setor como obstáculos, foram ofuscados pelo cenário de oportunidades apresentado durante o Fórum da 9ª Econofarma “Desafios e oportunidades no futuro do mercado farmacêutico”, realizado nesta sexta-feira (17), em São Paulo.

Atualmente o setor farmacêutico brasileiro movimenta cerca de R$ 40 bilhões, segundo consultoria IMS Health. No entanto, as projeções apontam para R$ 80 bilhões e aproximadamente cinco anos. O varejo farmacêutico deve crescer 10% e atingir a cifra de R$ 41 bilhões de faturamento em 2011.

Entre março de 2010 e abril de 2011, o setor movimentou cerca de R$ 37,7 bilhões. De acordo com o diretor comercial da Germed Pharma, Fernando Marinheiro, nos últimos cinco anos, o mercado cresceu em média 79% e os genéricos, em específico, 175%.

A tendência de negócios positiva está ligada ao boom econômico por que o País atravessa, impulsionando a ascensão entre as classes econômicas, principalmente da D para a C, além da vinda de investimentos estrangeiros.

“As oportunidades estão passando e temos que nos preparar para aproveitá-las”, enfatizou o diretor comercial da Sanofi-Aventis Pharma, Valdomiro Rodrigues. Um consenso entre os participantes do fórum é de que as farmácias devem primar pelo atendimento diferenciado e, não, usar estratégia de redução de preços.

“Não existe vantagem competitiva mais efêmera do que o desconto”, afirma o diretor geral da Medley Indústria Farmacêutica, Décio Decaro.

Na opinião de Marinheiro, algumas regulamentações devem ser vistas como oportunidades como é o caso da obrigatoriedade dos medicamentos isentos de prescrição irem para trás do balcão. “Agora é a hora do nosso marketing trabalhar pesado”, disse.


Brasil x Europa

De acordo com os executivos, o Brasil possui maiores oportunidades empresariais do que os países europeus. Em países como França, Holanda, Espanha e Itália, as farmácias são concessões do governo. “É como se fosse 100% farmácia popular”, explica Decaro.

Segundo ele, todo ano existe uma forte pressão para os estabelecimentos baixarem os preços dos medicamentos.

Outro ponto ressaltado pelos participantes do fórum é de que as farmácias independentes não vão acabar devido à expansão das grandes redes. Os estabelecimentos menores têm a vantagem da proximidade com o cliente e do atendimento personalizado. Além disso, segundo Rodrigues, o Brasil possui enorme mercado – são 5.565 municípios.

Fonte: web.infomoney.com.br | 20.06.11


Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Brasil e Portugal estudam reconhecimento de diplomas médicos

Para facilitar a entrada de médicos estrangeiros no país, Brasil e Portugal discutem mecanismos para promover o reconhecimento mútuo de diplomas de medicina, disse hoje (12) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Saúde Empresarial, por Redação

Justiça nega recurso e governo não pode destinar 25% dos leitos para planos

Por unanimidade de votos, a Segunda Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou nesta terça-feira (15), em caráter liminar, a destinação de 25% dos leitos de hospitais públicos para atendimento de pacientes particulares ou para beneficiários de planos de saúde.

Saúde Empresarial, por Redação

Se movimente mais no trabalho e tenha uma vida mais saudável

A rotina diária de empregos em escritórios faz com que muita gente passe boa parte do dia sentada em suas mesas, se movimentando muito pouco. Quando chegam em casa, essas pessoas já estão cansadas, e acabam ficando mais tempo ainda sentadas e inertes.

Deixe seu Comentário:

=