Publicado por Redação em Notícias Gerais - 12/01/2012
OIT prevê taxa de desemprego em 6,8% na América Latina
Mesmo com a crise internacional, que fez com que alguns países da América Latina e Caribe crescessem a um ritmo mais lento no segundo semestre do ano passado, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que a taxa de desemprego se manterá em 6,8%, em média, nos países da região em 2012.
É o mesmo percentual registrado no ano passado, o menor desde os anos 90. O relatório "Panorama Laboral 2011", divulgado pela organização, alerta entretanto que o cenário externo é bastante incerto e volátil, o que pode determinar uma alta na taxa.
O estudo aponta ainda que as previsões são de um crescimento regional médio de 4% neste ano, em média, para 4,5% em 2011.
"Dependendo da profundidade e amplitude da crise, pode desencadear-se um efeito 'contágio' nas economias da região, através do comércio exterior, redução de fluxos externos de remessas e turismo e limitações a crédito para investimento", avalia a entidade.
Como países da União Europeia estão em crise, e implementando políticas fiscais severas e flexibilização de regras trabalhistas, a OIT vê também risco de países da América Latina voltarem a seguir esse caminho. "São políticas que já se aplicaram na América Latina durante outras crises e que levaram a um aprofundamento do déficit de trabalho de qualidade na região".
A entidade cita o "Pacto Mundial por Emprego", movimento que está organizando, para defender que, diante da crise, se dê prioridade à economia real, e não ao sistema financeiro.
"O objetivo é que o sistema financeiro ofereça crédito para as micro e pequenas empresas, para contribuir para que sejam mais produtivas e sustentáveis".
O Brasil é apontado como exemplo nesse sentido.
"A experiência de sucesso do Brasil confirma que é possível progredir na direção do trabalho formal, junto com a preservação de equilíbrios macroeconômicos e o vigor do crescimento. O caso deste país também demonstra que melhorar salários e reduzir a pobreza constituem estímulos a investimentos, crescimento e criação de emprego".
Fonte:www1.folha.uol.com.br|12.01.12