Publicado por Redação em Vida em Grupo - 14/06/2011

Nova lei do lixo: consumidor precisa ser mais ativo no processo

SÃO PAULO – A maioria das pessoas não sabe muito bem como lidar com o lixo que produz. As atitudes mais sustentáveis estão relacionadas à reciclagem, e olhe lá. Elas acreditam que fazem a sua parte apenas colocando os resíduos no lixo e tirando-o da vista.

Porém, não basta apenas fazer isso para alcançar o sucesso da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). De acordo com o especialista em políticas públicas e coordenador de comunicação do Instituto Akatu, Estanislau Maria de Freitas Jr, é preciso mudar.

Dentre as mudanças de atitude, estão repensar os hábitos de consumo, fazer a coleta seletiva dentro de casa, cobrar das autoridades a aplicação da PNRS e alargar os limites dos direitos garantidos na lei. Tudo isso foi defendido por Freitas na última quinta-feira (9), durante evento na Semana do Meio Ambiente.

Responsabilidade compartilhada
Entre outros pontos, a nova lei do lixo prevê a responsabilidade compartilhada. Isso significa que governos, fabricantes, importadores, distribuidores, vendedores, consumidores e outros atores sociais passam a ser todos responsáveis pela gestão dos resíduos, após o fim da sua vida útil.

“Acabou a ideia que o consumidor tem de que, ao colocar o lixo na rua, já fez sua parte”, destaca Freitas. “É preciso procurar gerar o mínimo de lixo e cobrar das autoridades que ele seja corretamente destinado”.

A responsabilidade compartilhada, de acordo com a gerente-geral e síndica do Condomínio Conjunto Nacional, Vilma Peramezza, vai valorizar o trabalho do catador, promovendo sua inclusão no mercado de resíduos.

“Do mesmo jeito que as pessoas não querem ver o lixo que geram, elas não querem ver quem trabalha com o lixo. Isso acontece tanto com catadores que trabalham na rua, como o pessoal de limpeza de escritórios”, alerta Vilma.

Desperdício e o desafio do aumento do consumo
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil gera 183 mil toneladas de lixo por dia. Desse montante, 73 mil toneladas são lixos recicláveis e não aproveitados, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

“Em valores monetários, isso equivale à perda de R$ 8 bilhões por ano, que é o PIB da Bolívia. Nós jogamos no lixo uma Bolívia por ano”, alerta o coordenador de comunicação do Instituto Akatu.

E se isso acontece com apenas 10% dos brasileiros consumindo metade da riqueza nacional, segundo Freitas, isso significa que o País vai gerar mais resíduos ainda, quando a grande parcela da população passar a consumir.

“Em uma sociedade sustentável, é imperativo incluir todos no mercado de consumo. O desafio, portanto, é incluir de uma maneira diferente”, aponta.

O possível fim dos lixões!
Outro ponto importante da PNRS é a logística reversa, que obriga fabricantes a receber do consumidor final os produtos que não servem mais. Eles terão de desmontar, reaproveitar o que for possível e destinar corretamente o que não for reaproveitável. “Mas, para que tudo isso aconteça, o lixo deve ser separado na origem”, lembra a síndica do Condomínio Conjunto Nacional.

A PNRS também estabelece que todos os lixões devem ser fechados até o dia 2 de agosto de 2014. Apenas os resíduos que não podem ser reciclados serão enviados a aterros, onde serão estocados de forma adequada, para evitar contaminação dos solos e das águas.

As cidades que possuem mais de 200 mil habitantes têm até 2 de agosto de 2012 para apresentar seus planos de gestão de resíduos, incluindo a implementação de aterros.

Fonte: web.infomoney.com.br | 14.06.11


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