Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 04/09/2015

Ministério da Saúde alerta que insegurança da vacina contra HPV é mito

Vacina do HPV disponível na rede público imuniza contra os tipos mais comuns do vírus

Grande parte das escolas recuaram após registro de eventos adversos em 2014 e prejudicaram a ação da vacinação

A queda na imunização contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) no Brasil - que passou de 101% da meta em março de 2014 para 50% em 2015 - preocupa o Ministério Saúde, que tenta reverter a imagem negativa que a vacina adquiriu após a divulgação de eventos adversos durante a vacinação. Esses eventos são raros e não estão ligados especificamente à vacina do HPV, segundo o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) e outras organizações como a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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— Se veiculou muito que a vacina não era segura, e isso é mito. A vacina é segura e muito importante para a saúde pública, é uma ação de proteção. É preciso levar adiante esse conhecimento. — ressalta a Dr. Carla Domingues, Coordenadora Geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O evento adverso registrado no país que se tornou mais conhecido ocorreu em São Paulo, no município de Bertioga, onde 13 meninas se sentiram mal após tomarem a segunda dose da vacina em setembro de 2014. Três delas tiveram que ser internadas. Os sintomas eram de tontura, dor de cabeça e fraqueza nas pernas, classificados como uma reação de ansiedade e relacionados ao medo que muitos adolescentes têm de tomar qualquer injeção.

— A vacina do HPV já vai completar 20 anos de estudos e está há 10 anos no comércio. Todos os estudos mostram que a vacina é extremamente segura, e foi comprovado que os eventos adversos que ocorreram não são relacionados à vacina — atesta o ginecologista Edison Natal Fedrizzi, professor e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina e coordenador do Projeto HPV na universidade.

Reações de fundo psicológico são detectadas em diversas campanhas de vacinação. Foram relatados casos na Colômbia, em 2014, e Austrália, em 2007, onde 3,6% das meninas vacinadas apresentaram reações de ansiedade. O país australiano tem os melhores resultados de eficácia da imunização com o mesma vacina usada no Brasil.

— Por causa dessas repercussão, as escolas têm receio que a criança tenha alguma complicação e que a instituição seja responsabilizada. Mas a vacina é segura e as reações não estão ligadas à vacina e são raras. Em 2014 foram mais de 150 mil crianças vacinadas em Santa Catarina e nenhuma teve evento adverso grave — enfatiza Vanessa Vieira da Silva, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreviníveis e Imunização do Estado de Santa Catarina.

 

Fonte: Diário Catarinense


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