Publicado por Redação em Gestão do RH - 05/01/2022
Metaverso está mais próximo do seu trabalho do que você imagina
Por Eberson Terra – executivo da área da Educação, e um dos Top Voices do LinkedIn mais lidos no Brasil
O ano de 2021 foi marcado pela migração do ambiente físico para o digital, da consolidação de pagamentos digitais – do Pix ao open banking, passando pelo mercado de criptomoedas, entre outras frentes. Agora, entramos em 2022 com outro assunto como centro das atenções: metaverso.
O termo, desconhecido até pouco tempo, já provoca transformações significativas, como a mudança de nome do Facebook para Meta e o anúncio de que a empresa trabalha na construção de um metaverso e previsão de contratação de 10.000 profissionais.
Empresas como Nike, Adidas, Alibaba, Budweiser, Microsoft, entre outras, já anunciaram seus planos e interesse no metaverso.
“Estamos encontrando um novo caminho que chegará de maneira tão natural que parecerá aquele amigo que você conheceu aleatoriamente e que hoje está sentado no seu sofá falando de futebol ou economia!”, brinca Eberson Terra, autor do livro Carreiras Exponenciais.
O metaverso abrange um conjunto de tecnologias que integrará para sempre a vida física com a virtual. “É como se fosse a queda da barreira daquilo que ainda temos ao nos “conectarmos” e “desconectarmos”. No futuro essa vivência será uma coisa só, tão livre e natural que faremos coisas na vida virtual para a vida física, como curtir um show com amigos ou experimentar virtualmente uma roupa, mas pedir para ser entregue em nossa casa física”, menciona Terra.
Hoje, o híbrido é uma junção de dois mundos bem delimitados – como no caso de reuniões no trabalho fisicamente ou virtualmente. Agora, no metaverso, sua participação virtual terá muitas mudanças e experiências importantes, pois você ainda está falando com uma tela “2D”.
O som de uma pessoa falando vai diretamente para seus ouvidos de forma “opaca” e “linear”. Na imagem parece que todos estão de frente para você, o que não acontece de fato pessoalmente.
O metaverso possibilita que você “esqueça” que está virtualmente de tão imersiva que é a experiência. Você ouve um comentário de alguém que está à sua esquerda com mais clareza e mais perto do seu ouvido esquerdo. Imagine ter conversas paralelas com pessoas ao seu lado sem atrapalhar a reunião, mesmo assim, sem sair do ambiente. Algo impossível via Zoom, por exemplo.
É isso que o metaverso promete: um espaço que confundirá nossos sentidos e eliminará a sensação de “virtual” que temos hoje. “Parece algo muito disruptivo para acontecer por agora, tipo uma “Matrix”, mas acredite isso mudará de vez a minha e a sua vida, incluindo o seu TRABALHO!”, destaca o profissional de educação e carreiras Eberson Terra.
Como o Metaverso vai se popularizar e chegar na sua casa?
Recentemente, Bill Gates comentou que em três anos a maioria das reuniões de trabalho acontecerão no Metaverso. “Bom, esse tipo de previsão não tem a ver com dons sobrenaturais e sim o caminho natural de movimentos exponenciais que nascem muito caros e para poucos (early adopters) e depois se democratizam para o mundo todo. Algo que aconteceu com o streaming, com as fotografias digitais em celulares mais potentes que máquinas e tantos outros”, diz Terra.
Segundo o Kantar Ibope Media, cerca de 5 milhões de brasileiros já transitam em algum mundo do Metaverso. Isso quer dizer que esse movimento já está se popularizando.
Mas o que parecia brincadeira começa a ficar sério e diversas empresas começam a montar suas lojas no Metaverso. Como é o caso da Gucci, Tommy Hilfiger, Polo, Nike, que começam a vender seus produtos e lucrar em moeda digital o equivalente a milhões de dólares.
No Brasil também é o caso da “O Boticário” que construiu sua primeira loja no Metaverso, na plataforma Avakin Life e até o Banco do Brasil montou sua primeira agência por lá, mas na plataforma GTA RP.
Não se confunda, essas duas ações aconteceram AINDA em “mundos diferentes” do Metaverso. Isso quer dizer que o Metaverso ainda é difuso e cheio de universos separados que não se conectam entre si. Mas, no futuro, a ideia é que ele seja uma plataforma interoperável, ou seja, que você consiga utilizar seu avatar, suas compras digitais como bolsas, sapatos, roupas e casas no Metaverso para utilizar em diversos mundos. Afinal quem montaria um avatar com um tênis Nike Jordan ou uma bolsa da Gucci no Metaverso só para usar em um dos mundos que você terá à disposição para navegar?” explica.
Por isso compreendemos que o Metaverso não será um ambiente de monopólio, já que será possível navegar e viver em mundos diferentes construídos por diversas empresas, mas conectados entre si.
Agora imagine a sua empresa vendendo produtos e serviços para serem usados por avatares? É um oceano azul que em breve a maioria dos empresários compreenderão que mais do que ter e-commerces para vender produtos físicos, é de fato embarcar com produtos digitais para avatares e suas casas virtuais. Esse é o futuro! E você será sugado por ele, queira ou não.
Fonte: Mundo RH