Publicado por Redação em Dental - 16/11/2011
Metade dos pacientes que usam aparelho ortodôntico são adultos
Usar aparelho ortodôntico é a alternativa mais procurada para corrigir as alterações dentofaciais. Antigamente havia certo preconceito com relação à utilização destes dispositivos em adultos. Hoje é comum encontrar adultos em consultórios de ortodontistas, seja pela primeira vez ou para ajustar o resultado de tratamentos anteriores que não tiveram o efeito esperado. “A moderna ortodontia traz diversas opções para os adultos. Os tratamentos são menos invasivos e quase não provocam desconforto”, destaca o ortodontista Gerson Köhler.
Outros fatores que contribuem para que os adultos percam o medo e a vergonha e encarem o tratamento ortodôntico são os preços mais acessíveis, a evolução na qualidade e no visual dos aparelhos e a maior exigência com a estética. “Um sorriso bonito e saudável só é possível com o encaixe correto dos dentes e da mordida. A Ortodontia é praticamente o único meio de fazer isso”, afirma Gerson, que também é especialista em Ortopedia Facial, atua de maneira interdisciplinar em casos de distúrbios do sono e faz parte da equipe da Köhler Ortofacial.
Dados do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo revelam que em 1990 apenas 10% dos pacientes eram adultos. Em 2010 este índice subiu para 50%, ou seja, em 20 anos o número de adultos que se submetem a tratamentos ortodônticos quintuplicou. Este aumento expressivo também é reflexo da mudança de cultura. “Atualmente profissionais de qualquer área se preocupam com a sua imagem, por isso o público adulto é exigente. Para usar o aparelho ortodôntico é necessário ter uma boa saúde bucal geral e não ter tido grande perda de dentes precocemente”, explica.
Juarez Köhler, ortodontista e ortopedista facial que também compõe a equipe interdisciplinar da Köhler Ortofacial, aponta que o apinhamento – dentes ‘amontoados’ por falta de espaço – e dentes 'tortos' (mal posicionados nas arcadas e destas entre si) são as principais causas que levam os adultos a buscar ajuda. “Além disso, o envelhecimento também atua sobre a região, deixando a boca com menos volume, ocorrendo um estreitamento e encurtamento dos arco dentários. Isto dificulta a higienização, a mastigação adequada dos alimentos e afeta a auto-estima, já que a pessoa fica com vergonha de falar ou sorrir”, ressalta.
O principal objetivo do aparelho ortodôntico é posicionar corretamente os dentes e alinhá-los de maneira que eles fiquem em equilíbrio com as linhas do rosto, com biotipo facial, seja feminino, seja masculino. Com os dentes alinhados a higiene fica bem mais fácil, deixando-os mais limpos e sem correr o risco de sofrer com doenças gengivais ou bucais. “Um dos mitos que mais afugentam os adultos é de que os efeitos só acontecem na fase de crescimento. Isto não é verdade, o tratamento beneficia a boca - e o sorriso em especial - em qualquer idade, mesmo existindo diferenças nos aspectos biológicos e físicos de cada faixa etária”, observa Juarez.
A diferença entre crianças e adultos é em termos ortodônticos é apenas a presença - ou não mais - de crescimento ósseo. Na infância os resultados são mais previsíveis e na fase adulta a movimentação dos dentes é mais lenta e exige cuidados extras. Em alguns casos - numa minoria - é necessária, às vezes e na dependência da severidade do caso clínico, uma intervenção cirúrgica complementar para corrigir as bases ósseas. “O uso do aparelho também é indicado para abrir espaço para a colocação de implantes, fechar espaços abertos devido à inclinação dos dentes e recuperação do alinhamento original”, acrescenta Gerson, professor convidado - há mais de 20 anos - da pós-graduação da UFPR.
A possibilidade de movimentar os dentes na vertical e na horizontal - e se preciso rotacioná-los - aumenta o número de estratégias de correção que o ortodontista pode escolher. O tempo para que os resultados terapêuticos definitivos apareçam depende da complexidade de cada caso. “É fundamental escolher um profissional qualificado que possa resolver as alterações dentárias. Uma dica para não cair em mãos erradas é pedir referências e buscar informações sobre o ortodontista. Avaliar o investimento, o tipo de aparelho ortodôntico e as previsões de resultado também ajudam no momento da decisão”, aconselha Juarez.
Fonte:http://www.pautas.incorporativa.com.br|16.11.11