Publicado por Redação em Notícias Gerais - 04/07/2012

Mercados sustentam apostas em ação dos BCs e Bovespa sobe

Cenário: A percepção de que a atuação dos bancos centrais mais importantes do mundo para incentivar a economia

Cenário:

A percepção de que a atuação dos bancos centrais mais importantes do mundo para incentivar a economia é uma questão de tempo, e é essencial para completar o trabalho iniciado pelos líderes da União Europeia na semana passada, rendeu mais um dia de ganhos para os mercados de risco, ontem. Isso garantiu alta nos principais mercados acionários do mundo e a Bovespa acompanhou o ritmo. Fechou o pregão com valorização de 1,99%, aos 55.780,32 pontos, beneficiando-se também do forte avanço do petróleo devido a tensões envolvendo o Irã, que ajudou os papéis da Petrobrás.

Porém, o destaque no mercado doméstico foi outro. Apesar de o País possuir um regime de câmbio flutuante que, teoricamente, não inclui bandas de oscilação para a moeda, ontem, os investidores operaram com a certeza de que a divisa dos EUA em relação ao real tem um piso de R$ 2,00 e um teto de R$ 2,10. Essa análise é feita com base nas recentes atuações do Banco Central. Se na semana passada a autoridade monetária inundou o mercado com dólares e reverteu uma medida restritiva à entrada de recursos externos no Brasil para conter o movimento de alta, ontem, quando o dólar engatava novo dia de queda, a atuação por meio de palavras não foi menos sutil. Em entrevista exclusiva ao Grupo Estado, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, disse que a produção da indústria em maio, que cedeu 0,9% em relação a abril, ficou aquém do esperado, justifica atuações do BC e "aumenta a preocupação com uma valorização do real". O mercado parece ter entendido o recado e o dólar à vista no balcão terminou na máxima de R$ 2,0150, com alta de 1,31%. Esse comportamento doméstico do câmbio contrariou a direção externa do mercado de moedas, onde a expectativa por novas medidas de estímulo do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) trouxe o apetite por risco de volta para os negócios, desvalorizando o dólar em relação a boa parte das outras divisas.

No mercado de juros, o comportamento do setor industrial em maio ameaçou tirar prêmios das taxas futuras, mas a melhora vista lá fora anulou o efeito do indicador. Esse quadro justificou a quase estabilidade das taxas de juros.

Fonte: Msn


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