Publicado por Redação em Vida em Grupo - 15/02/2013
Mercado repete crescimento acelerado também em 2012
Faturamento de seguros, previdência e capitalização avança 21%, pulando para R$ 157 bilhões
O faturamento do mercado de seguros em 2012 continuou acelerado, repetindo a performance dos últimos anos. A soma dos segmentos de seguros, previdência e capitalização alcançou o montante de R$ 157 bilhões, 21% a mais que em 2011. Na passagem de 2010 para 2011, o mercado crescera 16%. Descontando a inflação pelo IGPM, o crescimento real em 2012 foi de 15%, na faixa de dois dígitos, portanto.
Os produtos para pessoas (vida, VGBL , PGBL e previdência) atingiram receita de R$ 92 bilhões, crescimento de 27% sobre 2011 e representando 59% de market share . Os produtos de capitalização ( R$ 16,6 bilhões) cresceram 18%, ao passo que os seguros gerais, 13%, para R$ 47,9 bilhões. Os dados são da empresa de consultoria Siscorp e são baseados nos números da Susep.
Segundo o levantamento, o aumento expressivo dos produtos para pessoas, como também capitalização, tem a ver com o maior esforço de vendas das operadoras com distribuição pelo canal banco, “aproveitando , de um lado, o crescimento do poder de compra da população, principalmente nas classes de menor renda e, de outro, a estratégia bancária de aumentar o foco na comercialização de produtos do mercado segurador, como alternativa para minimizar os efeitos das reduções das taxas de juros.
Ainda segundo a Siscorp, no caso dos seguros gerais, a carteira de seguros de automóveis (R$ 24,7 bilhões), que representou 52% desse segmento de produtos , cresceu 16%, acima dos 13% do total dos seguros gerais. Contribuíram para isso o recorde no ano de vendas de veículos, com o total de 3.801.859 emplacamentos - crescimento de 4,6% sobre 2011, segundo a Fenabrave; a redução dos financiamentos de 8,8% em relação ao registrado em 2011 devido, em parte, às maiores exigências para concessão do crédito, levando os consumidores a comprometer mais recursos próprios e com isso, buscaram a proteção do seguro; e o realinhamento dos preços dos seguros pelas operadoras, que em vários modelos significou aumento de valor.
O DPVAT (R$ 3,6 bilhões), a terceira maior carteira do segmento de seguros gerais, cresceu apenas 6%, provavelmente pela manutenção em 2012 dos preços praticados em 2011. Os seguros de residência e de condomínio (R$ 1,9 bilhão), já apresentando resultados das campanhas promocionais das operadoras, por meio da expansão dos serviços de assistência, cresceram 16% em 2012, diz resenha da Siscorp.
Os seguros patrimoniais das pessoas jurídicas (R$ 8,0 bilhões), cresceram apenas 5% em 2012, contra uma alta de 20% em 2011. O baixo crescimento da atividade econômica brasileira no ano, sem que os investimentos dos projetos ligados aos eventos de 2014 e 2016 tivessem ocorrido dentro das expectativas, refletiram no pequeno crescimento da atividade seguradora nos riscos patrimoniais das empresas, notadamente nas coberturas de riscos de engenharia e riscos diversos.
O seguro de transportes (R$ 2,7 bilhões) cresceu 12% em 2012. Foi um bom crescimento dentro do cenário de fraco desenvolvimento da economia, mas aquém das expectativas iniciais, pois o crescimento em 2011 tinha sido de 17%.
Também importante em 2012 foram os crescimentos das carteiras de seguro habitacional (R$ 1,8 bilhão) - crescimento de 27% e seguro rural (R$ 1,5 bilhão) com 19%. Esses desempenhos tem forte ligação com a expansão dos créditos concedidos no ano pelos agentes públicos dirigidos para essas atividades.
Resseguro. Em 2012 as seguradoras destinaram ao resseguro R$ 5,7 bilhões, que é igual ao valor cedido em 2011, embora o volume dos prêmios emitidos resseguráveis (R$ 66,2 bilhões) tenha crescido 14% sobre o ano anterior. A relação prêmio cedido/prêmio emitido ressegurável que em 2011 foi de 9,8%, foi reduzida para 8,6% em 2012.
As resseguradoras locais, que por legislação tem reserva de mercado de 40% do volume de resseguro do mercado, arrecadaram em 2012 (dezembro estimado) R$ 3,9 bilhões - crescimento de 21%.
Fonte: cqcs