Publicado por Redação em Notícias Gerais - 05/09/2011

Mercado reduz pela 5ª semana estimativa de crescimento do PIB este ano

A projeção de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano caiu pela quinta semana seguida. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,79% para 3,67%. Para 2012, a estimativa foi reduzida pela segunda semana consecutiva, ao passar de 3,90% para 3,84%. As informações constam do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central, elaborada com base na expectativa dos analistas para os principais indicadores da economia.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na última sexta-feira, o PIB alcançou R$ 1,02 trilhão no segundo trimestre. Na comparação com o trimestre anterior, houve crescimento de 0,8%. Em relação ao mesmo período do ano passado, a economia cresceu 3,1% no segundo trimestre deste ano, a menor taxa desde o terceiro trimestre de 2009, quando houve uma queda de 1,8%.

A estimativa para o crescimento da produção industrial, neste ano, caiu de 2,96% para 2,63%. Para 2012, a projeção continua em 4,30%.

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 39,15% para 39,20%, em 2011, e permanece em 38%, no próximo ano.

A expectativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 1,60, ao fim de 2011, e em R$ 1,65, ao final de 2012. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 22,90 bilhões para US$ 23 bilhões, este ano, e caiu de US$ 12,10 bilhões para US$ 11,60 bilhões, em 2012.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 57,93 bilhões para US$ 58,25 bilhões, em 2011, e de US$ 68,63 bilhões para US$ 68,51 bilhões, no próximo ano.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permanece em US$ 55 bilhões, este ano, e em US$ 50 bilhões, em 2012.


Força: política do BC ‘foi a grande responsável por crescimento de só 0,8% do PIB’

Em nota, na última sexta-feira, a Força Sindical disse que “a condução da política monetária pelo Banco Central, que se curva vergonhosamente aos especuladores, foi a grande responsável pelo crescimento de apenas 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País no segundo trimestre deste ano ante ao mesmo período de 2010. Infelizmente, o crescimento do país é muito aquém do necessário. Este dado causa preocupação quanto ao PIB de 2012”.

Ainda de acordo com o comunicado, “é preciso um crescimento mais vigoroso da economia, que ficou atrás de países como China, Rússia e Índia. Vale destacar que o desaquecimento da economia mundial somado à nefasta condução dos cavaleiros do apocalipse do Banco Central, que agem como estimuladores à especulação, verdadeiros inimigos do setor produtivo, são os principais culpados por este resultado no PIB, que poderia ser maior, se as taxas de juros estivessem menores”.

Assinado pelo presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva (o Paulinho), a nota encerra dizendo que “a taxa de juros em patamar estratosférico praticamente aniquilou a produção industrial e o consumo, tornando-se uma trava para o setor produtivo. Vale destacar que o crescimento da indústria no período citado foi de apenas 0,2%. A manutenção da taxa básica de juros impediu uma expansão maior da economia. Somente em 2011, os tecnocratas do Banco Central subiram cinco vezes a Selic. A primeira queda demorou e só irá refletir no desenvolvimento em alguns meses. Isto é mais uma clara demonstração de subserviência das autoridades monetárias ao sistema financeiro especulativo. Precisamos de uma agenda focada no desenvolvimento, no fomento da produção, da geração de emprego e na distribuição de renda”.

Fonte: www.monitormercantil.com.br | 05.09.11
 


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