Publicado por Redação em Notícias Gerais - 01/04/2014
Mercado prevê nova alta na taxa básica de juros
Na semana da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre nesta terça-feira, 1º, e quarta, 2, o mercado passou a esperar por mais inflação e menos crescimento em 2014. Ainda assim, manteve a aposta de que o Banco Central elevará a taxa básica (Selic) de 10,75% ao ano para 11%, mantendo o ritmo de ajuste de 0,25 ponto porcentual, mesmo depois de o Brasil ter sua nota de crédito rebaixada pela agência de risco Standard & Poor’s (S&P), de BBB para BBB-.
As novas previsões, contidas no Boletim Focus, publicação semanal na qual o Banco Central reúne as projeções de 100 analistas, trouxe piora significativa para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M): a previsão para a inflação que corrige os contratos de aluguel passou de 6,81% na semana passada para 7,18% nesta. Entre as projeções para os indicadores de custo de vida no Focus, o IGP-M foi a que registrou maior variação.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a taxa oficial de inflação do País, também apresentou piora: subiu de 6,28% para 6,30%, se aproximando ainda mais do teto da meta (6,5%). Os analistas lembram que a projeção pode continuar a se elevar frente à possibilidade de mais choques nos alimentos no decorrer do ano e de pressões vindas de combustíveis e eletricidade, segmentos cujos preços estão represados pelo governo.
Os economistas, mesmo com a fraqueza da economia, avaliam que o BC está preocupado com o custo de vida e, diante disso, são crescentes as apostas de que o ciclo de aperto monetário prossiga além de abril. “A inflação está resistente, acima do esperado, e há sinais fortes de que o Copom precisará elevar a taxa em mais 0,25 ponto porcentual em maio”, observou José Márcio Camargo, professor da PUC-RJ e economista-chefe da Opus Gestão de Recursos.
Fonte:Tribuna do Norte - RN - Natal/RN - ECONOMIA