Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 25/08/2011
Médicos têm dúvidas sobre qualidade dos genéricos
Nesta terça-feira, (23), a Proteste Associação de Consumidores realizou uma pesquisa que revela que a população apresenta confiança nos genéricos e pede aos médicos para prescrevê-los. No entanto, parte da classe médica ainda apresenta dúvidas sobre esses remédios devido ao processo de avaliação da qualidade e falsificação.
Para 45% dos médicos que participaram da pesquisa o processo de avaliação e controle de qualidade dos genéricos é menos exigente do que o que ocorre com os medicamentos de marca. E 44% deles acreditam que esses remédios sofrem mais falsificações. Ainda assim, 92% deles afirmaram ter recomendado o medicamento no último ano para reduzir o custo de tratamento ou a pedido do paciente.
De acordo com a pesquisa, uma boa parte dessa parcela de profissionais da saúde não concordou com a ideia de os genéricos serem tão eficazes (30%), nem de terem a mesma segurança (23%) que os remédios de referência.
Quase metade (42%) afirmou não ter o hábito de prescrevê-los. Os farmacêuticos influenciam os consumidores na hora de comprar os genéricos, pois, segundo 88% dos entrevistados, pelo menos uma vez, esses profissionais sugeriram a substituição do remédio prescrito por um genérico.
Os genéricos existem desde 2000 e representam 21% das vendas de remédios, porcentagem ainda pequena, porém, só no primeiro trimestre de 2011 os genéricos tiveram um aumento de 32% nas vendas, estimulados pela priorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de registrar e avaliar primeiramente os genéricos.
Para 83% dos consumidores entrevistados os genéricos são tão eficazes quanto os medicamentos de referência, e para 80% deles, apresentam inclusive a mesma segurança. A opinião dos entrevistados não mudou quando perguntados se fariam uso dos genéricos para tratamento de doenças de diferentes tipos de gravidade. Cerca de 90% dos entrevistados afirmaram também que é fácil encontrar os genéricos nas farmácias.
Foram entrevistados 690 adultos, de 18 a 64 anos, e 119 médicos entre abril e junho de 2011, para saber o que as pessoas pensam, como agem, se comportam e quais suas experiências com esses medicamentos.
Fonte: www.saudeweb.com.br | 25.08.11