Publicado por Redação em Previdência Corporate - 21/06/2011
Mais uma vez, combustíveis fazem prévia da inflação oficial desacelerar
SÃO PAULO – A prévia da inflação oficial do País, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15), teve variação de 0,23% em junho. Frente a maio, o indicador recuou 0,47 ponto percentual, poi,s naquele mês, a inflação ficou em 0,7%, segundo divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (21).
Mais uma vez, a desaceleração reflete o recuo dos preços dos combustíveis. Em maio, os preços dos combustíveis caíram 0,35%. Agora, a queda já é de 4,56%, gerando um impacto de -0,23 ponto percentual no índice geral do mês. Com isso, o grupo Transportes foi o que mais influenciou na desaceleração da inflação. Os preços dos produtos e serviços que compõem o grupo de consumo caíram 0,73% em junho, contra uma alta de 0,93% em maio.
Outros grupos influenciaram na desaceleração da inflação, com destaque para Alimentos, cuja inflação passou de 0,54% para 0,11% entre maio e junho. No grupo, os destaques ficaram com o arroz, cujo preço caiu 2,02%; frutas, que ficaram 4,08% mais baratas; peixes (-5,14%) e batata-inglesa (-13,03%).
Em 12 meses, a inflação já acumula alta de 6,55%, ultrapassando o teto da meta, de 6,5%. No acumulado do ano, a taxa está em 4,1%. Na comparação com junho de 2010, o acréscimo apurado é de 0,04 ponto percentual, pois na época, a inflação era de 0,19%.
Outros grupos
Na passagem de maio para junho, além dos grupos Transportes e Alimentos, a inflação dos grupos Habitação (de 0,93% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,96% para 0,72%) e Despesas Pessoais (de 0,81% para 0,6%) apresentaram fortes desacelerações.
No mês, os preços dos remédios (de 2,77% para 0,53%), da energia elétrica (de 1,14% para 0,46%) e da taxa de água e esgoto (de 1,64% para 1,16%) foram destaques de desaceleração.
Além deles, outros grupos registraram desacelerações, porém, em ritmo menor: Educação (0,05% para 0,03%) e Vestuário (de 1,3% para 1,28%). Nesse caso, o maior impacto foi do item roupas infantis, cuja inflação passou de 1,59% para 1,84%.
Os demais grupos apresentaram aceleração no mês: Artigos de Residência (-0,28% para 0,31%) e Comunicação (0,09% para 0,14%).
Regiões
Entre os índices regionais, Recife apresentou a taxa mais alta de junho, com inflação em 0,56%. De acordo com o IPCA, na cidade, o resultado foi influenciado pelos reajustes das tarifas de energia elétrica, que subiram 3,47%.
Goiânia, Brasília e Curitiba, por outro lado, apresentaram os menores resultados do mês, de 0,05%, 0,02% e 0,02%, na ordem. No Rio de Janeiro e em São Paulo, a prévia da inflação do sexto mês do ano foi de 0,36% e 0,19%, nesta ordem.
Fonte: web.infomoney.com.br | 21.06.11