Publicado por Redação em Dental - 23/07/2015
Mais de 184 mil pessoas morrem devido ao consumo de bebidas açucaradas
Entre os 20 países com a maior estimativa de mortes, pelo menos oito estavam na América Latina e no Caribe
Um estudo publicado na última edição da revista científica Circulation, alerta para a necessidade de reduzir drasticamente bebidas com adição de açúcar. Refrigerantes, sucos industrializados, energéticos, isotônicos e chás gelados são os responsáveis pela morte de 184 000 adultos anualmente ao redor do mundo.
De acordo com o estudo, a maioria das mortes, que totalizaram 133 000, foi causada por diabetes. Outras 45 mil por doenças cardíacas e 6.450 por câncer. Segundo os resultados, todas as doenças estão relacionadas ao alto consumo de bebidas adoçadas com açúcar.
"Entre os 20 países com a maior estimativa de mortes, pelo menos oito estavam na América Latina e no Caribe, refletindo as altas ingestões nessas regiões", explicou Gitanjali Singh, principal autor do estudo e professor da Escola Friedman de Nutrição e Ciências Políticas da Universidade Tufts, nos Estados Unidos.
Segundo os pesquisadores, o México teve a maior taxa de mortalidade atribuível a bebidas adoçadas com açúcar: 30% das mortes entre pessoas com menos de 45 anos. Por outro lado, no Japão, onde chás sem açúcar estão entre as bebidas mais populares, as mortes por bebidas açucaradas foram desprezíveis.
As estimativas foram feitas a partir de 62 pesquisas alimentares, realizadas com 611 971 indivíduos entre 1980 e 2010, em 51 países, e associadas a dados sobre a disponibilidade nacional de açúcar. Além disso, foram consideradas também outras informações provenientes de pesquisas já publicadas sobre os danos para a saúde causados por bebidas açucaradas.
Os pesquisadores então calcularam o impacto direto da ingestão de bebidas desse tipo no surgimento de doenças como diabetes, obesidade, problemas cardiovasculares e câncer.
Em relação à faixa etária, o percentual de doenças crônicas atribuída ao consumo de bebidas açucaradas foi maior em jovens do que em adultos. Para os pesquisadores, esse resultado traz uma grande preocupação. "Se, à medida que envelhecem os jovens continuarem a consumir níveis elevados destas bebidas, os efeitos do alto consumo serão agravados pelo envelhecimento, levando a taxas mais altas de mortalidade e de invalidez por doenças cardíacas e diabetes", disse Singh.
Fonte: Portal APCD