Publicado por Redação em Mercado - 05/01/2022
Maioria dos profissionais de RH já toma decisões baseadas em dados
A maioria (61%) dos profissionais de RH já utilizam dados para tomar decisões em sua área. Quase metade deles conta com a ajuda de tecnologias para essa tarefa, mas uma parcela significativa ainda utiliza ferramentas manuais, como planilhas. Foi o que mostrou uma pesquisa realizada pelo InfoJobs.
O levantamento foi feito em maio e consultou 520 profissionais da área. Quase todos (95,5%) afirmaram que a análise de dados é importante ou muito importante para a melhoria de processos e experiências. A análise de dados pode integrar desde os processos seletivos até os processos que garantem uma boa experiência aos empregados.
"Se você não consegue medir algo, não consegue melhorar. Vemos uma evolução desse departamento conforme vemos muitos começarem a medir seus resultados", diz Ana Paula Prado, country manager do InfoJobs. Segundo ela, essa tendência também exige mudanças no perfil dos profissionais de RH. "Eles têm de ver a tecnologia como algo que veio para a ajudar."
A pesquisa também evidenciou algumas das principais barreiras para que a análise de dados seja mais utilizada na área. Os desafios mais citados pelos profissionais foram descentralização de informações (31,6%), ausência de especialistas (25,5%), falta de informações sobre o tema (25,5%) e falta de tempo (23,7%). Mais da metade (54,4%) dos entrevistados utilizam planilhas para fazer as análises.
Segundo Ana Paula, o uso de dados no RH também traz reflexos para os candidatos às vagas de emprego. A tendência, segundo ela, é que os processos seletivos tenham mais etapas – há, por exemplo, testes que analisam se o profissional é compatível com a cultura da empresa. O resultado, porém, é uma seleção mais precisa.
"O candidato só vai preencher as etapas se realmente tiver o perfil daquela empresa. Sem a tecnologia, ele teria de passar por todas", diz ela. Com etapas automatizadas, oferecer um feedback a todos os participantes também se tornou mais viável.
Uma outra pesquisa realizada pela empresa, 44% dos cerca de 500 profissionais afirmaram que a falta de feedback é o fator que eles menos gostam nos processos seletivos. "Dependendo da etapa, ele não vai receber um feedback do recrutador. Mas terá informações", diz a executiva.
Fonte: Época Negócios