Publicado por Redação em Gestão de Saúde - 22/11/2019
Laboratório de baixo custo quer facilitar o diagnóstico do diabetes
No dia 14 de novembro comemora-se o Dia Mundial do Diabetes, mal que afeta 8,9% dos brasileiros (18 milhões de pessoas). A data é muito importante para chamar a atenção para essa doença que, em grande parte das vezes, é silenciosa e acaba sendo diagnosticada tardiamente.
Com isso, estima-se que haja 9 milhões de diabéticos no País que não sabem que sofrem com o mal, e 75% deles não mantêm o controle adequado da doença. Esses fatores fazem com que essas pessoas coloquem o seu organismo em risco, pois a doença, se não for tratada adequadamente, pode levar a complicações no corpo todo.
Outro detalhe que chama a atenção nesse cenário é que aproximadamente 11,5% da população nunca fez dosagem de glicose, teste que, junto com a hemoglobina glicada, ajuda no diagnóstico. Uma das causas disso é a falta de acesso aos exames, já que 160 milhões de brasileiros não têm seguro-saúde no Brasil e, por isso, só procuram um médico quando estão com algum incômodo muito grande. Foi pensando em torná-los acessíveis para todo mundo que Marcelo Noll Barboza decidiu fundar o Labi Exames, laboratório que oferece diagnósticos com qualidade a partir de seis reais (vejao quadro abaixo). Ele nasceu em outubro de 2017, quando Barboza resolveu abrir mão de uma bem-sucedida carreira
de duas décadas como executivo no mercado de empresas de serviço de saúde para se tornar empreendedor. A escolha teve uma motivação extra: seus dois filhos sofrem com diabetes do tipo 1, que geralmente se manifesta na infância e é autoimune.
MEDICINA ACESSÍVEL E DESCOMPLICADA
O laboratório oferece mais de 700 opções, entre testes e check-ups, e, além de ter preços bem abaixo dos concorrentes, também facilita o processo de realização dos exames. “O paciente não precisa de pedido médico, pode realizar o pagamento online, recebe os resultados de maneira mais rápida e didática e, se apresentar alguma alteração, um profissional entra em contato para indicar que especialista ele deve procurar”, conta Barboza. E não há dúvidas de que esse é o primeiro passo para melhorar a saúde do paciente. Estimativas apontam que 77% das pessoas que fazem um check-up procuram um médico depois do procedimento.
Na semana que vem será aberta a 12ª unidade do laboratório, que atualmente faz 40.000 exames por mês e está presente em locais com populações com níveis sociais diferentes, e sempre estrategicamente próximos a estações de metrô, facilitando o acesso dos pacientes. Em um ano a ideia é chegar à 30ª e inaugurar a primeira unidade em outra cidade.
“Nosso objetivo não é só atingir o público que não tem condições de procurar os outros laboratórios que cobram muito mais do que nós, mas atrair pessoas dispostas a experimentar essa nova forma de realizar exames, mais prática e acessível.”
Marcelo Noll Barboza, CEO da Labi Exames
Fonte: Estadão