Publicado por Redação em Notícias Gerais - 25/11/2014

Juros para financiar carro podem dobrar

O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para carros zero termina no final do ano. Quem quiser aproveitar os últimos dias a alíquota menor já pode começar a planejar a compra do veículo. Além de comparar preços e juros de financiamento, no entanto, é preciso ficar atento também a tarifas adicionais envolvidas na operação, que podem encarecer o carro em mais de R$ 5 mil.

O último levantamento do Banco Central, realizado entre 3 e 7 de novembro, mostra que as taxas de juros cobradas de financiamentos de carros podem mais do que dobrar dependendo da instituição. Entre oito bancos de montadoras e as seis maiores instituições de varejo, as taxas mensais vão de 0,8% e 1,81%.


E esses juros podem até cair com a lei publicada neste mês, que facilita a retomada de veículos de clientes que não cumprirem prazos de pagamento, o que permite uma  queda de custo dos empréstimos. É possível que os efeitos sejam sentidos já este ano, disse o presidente da Anfavea (associação das montadoras), Luiz Moan.


Na hora da negociação, o valor de entrada pesa na definição dos juros. Pesquisa do site MoneyGuru em concessionárias de quatro grandes montadoras mostra que os juros para financiamento com 50% de entrada vão de 0% a 1,5% ao mês para parcelamentos em 36 meses. Para 10% de entrada, eles chegam a 1,9% ao mês. Os juros ainda podem variar, de acordo com o histórico bancário do cliente ou faixa de renda.

 
O adequado para dar de entrada é entre 50% e 60%. Dessa forma, é possível conseguir menos juros e até a famosa taxa zero, afirma o CEO do MoneyGuru, Stanlei Bellan.

 
Mas mesmo com a taxa zero de juro ainda há outras taxas a serem pagas. Segundo o levantamento do site, os custos, sem contar os juros, para financiamentos de veículos com valor entre R$ 31.740,00 e R$ 44.490,00 com 10% de entrada, chegaram a R$ 5.909,76. Para entradas de 50%, as taxas e tarifas variaram de R$ 858,25 a R$ 5.096,16.

Nesse sentido, além dos juros, o consumidor deve avaliar o custo efetivo total, que pode incluir tarifa de cadastro para início de relacionamento, seguro de proteção financeira e impostos, como IOF e IPI.  Se você está pagando mais de R$ 1 mil em taxas e tarifas, é provável que existam cobranças abusivas, diz Bellan.



Fonte: aserc

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